"Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e
são elas que de mim testificam" João 5:3109
Parábolas de Jesus sobre a vigilância
Postado em 03/09/2020
O cidadão do reino de Deus confronta-se o tempo todo com situações que exigem dele uma tomada de atitude, experimentado uma situação crítica tanto no que diz respeito ao juízo quanto ao seu proceder face às novas demandas da vida cristãs. Com Cristo são estabelecidos novos padrões sociais, políticos e culturais que derrubam as antigas tradições, mitos e filosofias.
Os novos padrões precisam ser identificados com a Palavra de Deus. É bom que sejam aqui lembradas as parábolas do vinho novo em odres velhos e do remendo novo em tecido velho, bem como aqueles que nos alertam sobre o dia em que Deus nos trará a juízo.
MANTENDO A PERSPECTIVA DA VIDA
Na parábola do rico insensato, encontramos uma situação bastante cotidiana em que o maior valor da vida consiste não simplesmente em adquirir bens materiais, mas em conserva-los (Lc 12.13-21). A satisfação das necessidades materiais é comum a todos. Mas a satisfação da vida só pode ser alcançada em Deus. Quando se altera esta visão, colocando o acúmulo de bens como um fim em si mesmo, o homem começa a perder sua vida.
O sucesso hoje se mede em termos do simples acúmulo de bens. Estes vão, assim, assumindo o lugar que pertence a Deus e endurecendo o coração. Com isto assume-se uma postura imediatista, os planos tornam-se personalistas, não existe espaço para ouvir ninguém mais, nem Deus. Passa-se a agir como Paulo menciona, a respeito daqueles que viviam em Éfeso:”Comamos, e bebamos, que amanhã morreremos” (1 Co 15.32).
"E disse-lhe um da multidão: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança. Mas ele lhe disse: Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós? E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui. E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; E arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos. E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus..." (Lucas 12:13-31)
O rico insensato julgava-se prudente, precavido e previdente. Na perspectiva dos homens, e hoje muito mais, seu raciocínio estaria corretíssimo. Mas os olhos de Deus vêm adiante. Pensava ter garantia de vida para muitos anos, mas o veredito divino resumia-se àquela noite. Julgava possuir nas suas mãos a possibilidade de decidir o que fazer de sua alma (direi à minha alma) até o momento em que caiu diante da realidade. Deus é Senhor de tudo e de todos, e seus planos não se alteram em função de fatores momentâneos.
A aplicação desta parábola é para todos os tempos e lugares. A prosperidade material não pode servir como um substituto de Deus. A tentação de confiar nelas, deixando de lado aquele que é o doador da vida e de todas as bênçãos, constitui-se numa armadilha. A vigilância precisa ser constante a fim de não cairmos nestas armadilhas. O foco precisa ser mantido no Pai.
MUDANÇA TOTAL
Em Marcos 2.21-22, Jesus é questionado acerca do procedimento de seus discípulos em relação às práticas religiosas de seus dias; uma religiosidade exterior baseada na manutenção da tradição. Leis quanto ao comer, vestir, andar, orar, leis para todas as coisas. A experiência com Deus, que deveria libertar, é transformada numa escravidão que nem mesmos seus líderes conseguiam suportar. Por isso Jesus referiu-se aos fariseus como sepulcros caiados, que cobravam de seus seguidores práticas que nem eles estavam realizando.
Hoje, provavelmente, a situação se alteraria um pouco. Não se cobra das pessoas o cumprimento de preceitos rigorosos e que as distinga das práticas do mundo, mas, pelo contrário, permite-se uma liberdade que se tranforma em acomodação aos padrões de comportamento vigente. Você pode fazer o que quiser, ir aonde quiser, desde que continue freqüentando a igreja, entregando suas ofertas.
É o evangelho fácil, em que não se distingue o discípulo de Jesus Cristo por suas práticas, mas conforme é propagado: o que importa é o coração. Isto significa não tomar conhecimento das palavras de Jesus, de que se conhece uma árvore pelos frutos que produz, ou de que a boca fala daquilo que o coração está cheio.
A mudança espiritual começa pelo interior, e vai tomando conta de tudo aquilo que fazemos, estabelecendo uma diferença significativa em relação às práticas de quem não tem uma experiência pessoal e íntima com Deus e a nossa.
Mais uma vez a tentação é grande. Por que nos indispormos com amigos, familiares, colegas de trabalho, por não aprovarmos seus gestos, suas práticas, que todo mundo faz? É preciso lembrar que o senso comum não estabelece a vontade de Deus.
No Antigo Testamento, por diversas vezes os profetas foram perseguidos, ameaçados de morte, presos, punidos, porque não foram condescendentes com as práticas de seus dias.
Hoje, precisamos estar vigilantes em relação aos modismos religiosos. A teologia da libertação surgiu como um destes modismos, proclamando que as igrejas deviam preocupar-se primeiramente com as necessidades físicas daqueles que sofriam privações. Seu grande erro foi a confusão feita entre socialismo, ou política, e religião, embora tivesse um aspecto positivo. Colocou na ordem do dia estas questões, fazendo-nos recordar que Jesus também se preocupava com elas.
Quando os seus discípulos queriam que fosse despedida a multidão a fim de que procurassem comprar o que comer, a resposta de Jesus foi: “Dai-lhes vós de comer”. Nesta ocasião multiplicou pães e peixes para que todos se alimentassem (Mt 14.15,16).
Mais recentemente estamos vivendo um outro modismo que já teve seus extremos. O movimento pentecostal ou neopentecostal apresentou-se de tal forma que transformou o Espírito santo em sua propriedade, em detrimento das igrejas chamadas tradicionais, e muitas vezes se esquece de Jesus, como Salvador e Senhor. Esqueceram-se de que não existe vida cristã sem o Espírito de Deus. Não há arrependimento de pecados sem ele. Também não há conversão. Não perceberam que a verdadeira renovação é aquela produzida no momento da conversão, que conduz a uma vida na dependência do poder e da capacitação do Espírito de Deus, de acordo com sua soberana vontade, e não com os nossos caprichos.
VIGIAR É ESTAR PRONTO
Na parábola da figueira que não produzia frutos (Lc 13.6-9), Jesus mais uma vez nos chama a atenção para a vigilância de nossa vida enquanto seus discípulos. Produzir frutos não é apenas uma das possibilidades que temos, mas é nossa razão de ser. A razão de ser dos filhos de Deus. Como a figueira deve produzir seus frutos, assim é a vida espiritual: deve produzir frutos espirituais.
Através dos frutos que produzimos, agradecemos ao Senhor pela benção da salvação, ao mesmo tempo que testemunhamos da vida e do poder de Deus que opera em nós. Os frutos estabelecem a diferença entre a figueira que só ocupava lugar, era vistosa aos olhos de todos que passavam, ocupava um espaço que poderia estar sendo utilizado por outra planta que fosse mais útil. O povo de Israel foi declarado por Deus povo escolhido, especial para ele, que deveria servir como referência para todos os povos, demonstrando o que é preciso fazer para adorar ao único e verdadeiro Deus. Quando se desviou deste propósito, Deus providenciou um enxerto para que o mundo pudesse conhecer a sua glória.
A mensagem de Jesus era que ávida que ele nos trouxe não devia ser somente de aparências. É resultado de uma mudança interior, que se expressa por ações. Não bastava nos tempos de Jesus, assim como não basta hoje, ser chamado de povo de Deus.
Nossas atitudes, tanto no proceder diário que demonstra a motivação produzida pelo Espírito de Deus em nós, quanto no proclamar as boas novas de salvação a quem não conhece, demonstram o poder do Espírito, fazem da vida daquele que se apresenta um instrumento em suas mãos. Elas são a prova visível e incontestável da nossa vitalidade espiritual.
Quantas pessoas passam anos e anos como membros de uma igreja e o máximo de testemunho que se pode dar a seu respeito é que ele, ou ela, não faz nada de mal. Na vida espiritual não é suficiente apenas não praticar o mal, é necessário fazer aquilo que não João (15.8) chama de frutos, os quais expressam a natureza gloriosa do Pai, demonstrando, assim, que somos seus discípulos.
A figueira infrutífera tem sido interpretada por muitos como uma referência a Israel. Outros tantos preferem interpreta-la como sendo a igreja. Tanto uma como outra interpretação devem nos fazer atentos para o fato de que ela é a expressão de vida produtiva. Certamente Jesus tinha um propósito em usar como exemplo nesta parábola uma árvore frutífera. Poderia ter tomado muitos outros exemplos de plantas de seu tempo. Mas queria que associássemos a vida que nos trouxe com algo que nos trazia bênção, mas que com certeza devia servir para abençoar muitas outras vidas também.
A figueira para dar frutos precisa sempre ser limpa, podada, adubada. Devemos estar atentos à nossa vida para que ela não se suje com o pecado, não cresça com galhos que não servem para edificação e que esteja sempre adubada pela Palavra de Deus e pelo poder do Espírito Santo.
Fonte: https://www.pibni.com.br/biblico
A PERDA DO PRIMEIRO AMOR
Postado em 06/07/2023
De acordo com a mensagem de Jesus na Carta à Igreja de Éfeso, a perda do primeiro amor não é apenas uma questão de “relaxarmos” no trabalho de Deus, pois o Senhor lhes disse:
“Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança” (Ap 2.2a).
A palavra grega traduzida como “labor” é “kopos”, que, de acordo com a Concordância de Strong, significa: “intenso trabalho unido a aborrecimento e fadiga”. Este tipo de labor seguido de perseverança, por parte dos efésios, não nos permite concluirmos que eles tenham demonstrado alguma queda de produtividade no serviço ao Senhor.
“Perder o primeiro amor” também não é “enfrentar uma crise de desânimo” ou “desejar desistir”, uma vez que, nesta mensagem profética, o Senhor Jesus elogia a persistência desses cristãos de Éfeso:
“e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer” (Ap 2.3).
A perda do primeiro amor também não pode ser vista como sendo um momento de crise no trabalho ou na dedicação, uma vez que é algo que Deus “tem contra nós”:
“Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.” (Apocalipse 2.4,5)
Portanto, a perda do primeiro amor é uma queda, é chamada de pecado, e necessita arrependimento. Há muitos crentes que continuam se dedicando ao trabalho do Senhor, mas perderam a paixão. Fazem o que fazem por hábito, por rotina, por medo, pelo galardão, por quaisquer outros motivos, os quais, acompanhados daquele primeiro amor intenso, fariam sentido, mas sozinhos não!
A queixa que o Senhor faz é o fato de que esses crentes haviam abandonado o primeiro amor. A palavra grega “aphiemi”, traduzida como “abandonar” neste texto bíblico, tem um significado bem abrangente. A Concordância de Strong define esta palavra da seguinte maneira: “enviar para outro lugar; mandar ir embora ou partir; de um marido que divorcia sua esposa; enviar, deixar, expelir; deixar ir, abandonar, não interferir; negligenciar; deixar ir, deixar de lado uma dívida; desistir; não guardar mais; partir; deixar alguém a fim de ir para outro lugar; desertar sem razão; partir deixando algo para trás; deixar destituído.” Essas expressões refletem, não uma perda que possa ser denominada como sendo meramente acidental, mas um ato voluntário de abandono, de descaso.
O Senhor Jesus tampouco está exortando esta igreja por não O amarem mais! Não se tratava de uma ausência completa de amor, pois ainda havia amor! No entanto, o amor deles havia perdido a sua intensidade e não era mais o amor que Ele esperava encontrar neles!
PORQUE PERDEMOS O PRIMEIRO AMOR
O primeiro amor é como um fogo. Se colocamos lenha, ele fica mais inflamado. Contudo, se jogamos água, ele se apaga! Falhamos por não alimentarmos o fogo e por permitirmos que outras coisas o apaguem! Muitas coisas contribuem para que o nosso amor pelo Senhor perca a sua intensidade. No entanto, há quatro coisas, especificamente, que eu gostaria de enfatizar aqui. Se quisermos nos prevenir e evitar esta perda, ou se quisermos uma restauração, depois que perdemos este amor, precisaremos entender estes aspectos e a maneira como eles nos afetam:
1. O convívio com o pecado
2. A falta de profundidade
3. A falta de tratamento
4. As distrações
O CONVÍVIO COM O PECADO
“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará.” (Mateus 24.12)
Ao falar do “convívio com o pecado”, ao invés do pecado em si, estou pretendendo estabelecer uma diferença importantíssima. É óbvio que quem vive no pecado está distante de Deus. A ausência do primeiro amor é chamada de “pecado”, mas este pecado não é necessariamente ocasionado por um outro pecado na vida da pessoa que sofreu esta perda. Muitas vezes esta frieza é gerada pelo “convívio com o pecado dos outros”! Creio que, em Mateus 24.12, Jesus está Se referindo aos pecados da sociedade em que vivemos. Devido à multiplicação do pecado à nossa volta (e não necessariamente em nossas vidas), passamos a conviver com algumas coisas que, ainda que não as pratiquemos, passamos a tolerar!
Precisamos ter o cuidado de não nos acostumarmos com o pecado à nossa volta. Muitas vezes o enredo dos filmes que nos proporcionam entretenimento faz com que nos acostumemos com alguns valores contrários ao que pregamos. Acabamos aceitando com naturalidade a violência, a imoralidade, e muitos outros valores mundanos. Ainda que não cedendo a esses pecados, se não mantivermos um coração que aborreça o mal, ficaremos acostumados com esses valores errados a ponto de permitirmos que o nosso amor se esfrie! Precisamos agir como Ló, que se afligia com as iniquidades das pessoas à sua volta:
“E, reduzindo a cinzas as cidades de Sodoma e Gomorra, ordenou-as à ruína completa, tendo-as posto como exemplo a quantos venham a viver impiamente; e livrou o justo Ló, afligido pelo procedimento libertino daqueles insubordinados (porque este justo, pelo que via e ouvia quando habitava entre eles, atormentava a sua alma justa, cada dia, por causa das obras iníquas daqueles)… porque o Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia de Juízo.” (2 Pedro 2.6-9)
FALTA DE PROFUNDIDADE
O segundo fator que contribui para o esfriamento do nosso amor pelo Senhor é a nossa falta de profundidade na vida cristã. Há muitas pessoas que vivem superficialmente o seu relacionamento com Cristo.
Na Parábola do Semeador, Jesus falou sobre a semente que caiu em solo pedregoso. O resultado é uma planta que brota depressa, mas não desenvolve a profundidade, porque a sua raiz não consegue penetrar profundamente no solo que não tem muita terra, tornando-se assim superficial. O risco que esta planta corre, pelo fato de que ela se desenvolveu na superfície, é que, saindo o sol (figura do calor das provações), ela pode morrer rapidamente:
“A que caiu sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; estes não têm raiz, crêem apenas por algum tempo e, na hora da provação, se desviam.” (Lucas 8.13)
O segredo de não nos afastarmos do Senhor nem perdermos a alegria inicial é o desenvolvimento da profundidade em nossa vida espiritual. Muitos cristãos vivem somente dos cultos semanais. Não investem tempo num relacionamento diário, não oram, não se enchem da Palavra, não procuram mortificar a sua carne para viverem no Espírito, não se envolvem no trabalho do Pai. São cristãos sem profundidade, que vivem meramente na superfície!
A questão da profundidade nas coisas espirituais é aplicada não somente em nossa vida com Deus, mas também nos que servem a Satanás. Na Carta à Igreja de Tiatira, no Apocalipse, o Senhor Jesus elogiou os que não conheceram as profundezas de Satanás:
“Mas eu vos digo a vós, e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás, que outra carga vos não porei. Mas o que tendes retende-o até que eu venha.” (Apocalipse 2.24,25 – RC)
O mesmo princípio da profundidade que se aplica à vida espiritual de quem se encontra no Reino de Deus também se aplica a quem está no Reino das Trevas. Se quem vive no engano do Reino das Trevas chega a desenvolver uma profundidade nesta caminhada que leva à perdição, então nós, que conhecemos a verdade, não podemos nos relacionar com esta verdade de um modo meramente superficial. Se desenvolvermos raízes profundas em Deus, não fracassaremos na fé!
A FALTA DE TRATAMENTO
O terceiro fator que contribui para o esfriamento do nosso amor pelo Senhor é a falta de tratamento em algumas áreas das nossas vidas. Já vimos na Parábola do Semeador que um dos exemplos de como o potencial de frutificação da Palavra de Deus pode vir a ser abortado na vida de alguém é a falta de raiz, de profundidade. Mas há um outro exemplo que o Senhor Jesus nos deu nesta parábola – da semente que caiu entre espinhos:
“Outra caiu no meio dos espinhos; e estes, ao crescerem com ela, a sufocaram.” (Lucas 8.7)
Os espinhos não pareciam ser tão comprometedores porque eram pequenos. E, justamente por não parecem perigosos, não foram arrancados. Depois, eles cresceram e sufocaram a semente da Palavra, abortando assim o propósito divino de frutificação.
“A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer.” (Lucas 8.14)
As áreas que não são tratadas em nossas vidas talvez não pareçam tão nocivas hoje, mas serão justamente as áreas que poderão nos sufocar na fé e no amor ao Senhor posteriormente.
A queda espiritual nunca é um ato instantâneo ou imediato. É um processo que envolve repetidas negligências da nossa parte, e são estas mesmas “inocentes” negligências que nos vencerão depois. Por isso, devemos dar mais atenção às áreas que precisam ser trabalhadas em nossas vidas!
AS DISTRAÇÕES
Diferentemente do cristão que está travando uma luta contra o pecado, o cristão que costuma ser enredado pelas distrações é, via de regra, alguém que não tem cedido ao pecado, mas perde o alvo ao distrair-se com coisas que talvez sejam até mesmo lícitas, mas roubam-lhe o foco.
A Bíblia diz que, quando Moisés foi ao Egito com uma mensagem de libertação, o Faraó aumentou o trabalho do povo para que eles se esquecessem da ideia de adoração a Deus:
“Disse também Faraó: O povo da terra já é muito, e vós o distraís das suas tarefas. Naquele mesmo dia, pois, deu ordem Faraó aos superintendentes do povo e aos seus capatazes, dizendo: Daqui em diante não torneis a dar palha ao povo, para fazer tijolos, como antes; eles mesmos que vão e ajuntem para si a palha. E exigireis deles a mesma conta de tijolos que antes faziam; nada diminuireis dela; estão ociosos e, por isso, clamam: Vamos e sacrifiquemos ao nosso Deus. Agrave-se o serviço sobre esses homens, para que nele se apliquem e não dêem ouvidos a palavras mentirosas.” (Êxodo 5.5-9)
Este quadro, no meu entendimento, é uma ilustração da estratégia que Satanás tenta aplicar hoje contra os cristãos. Aliás, na tipologia bíblica, Faraó é uma figura do Diabo, o nosso antigo tirano e opressor, de quem Deus nos libertou (Cl 1.13). Hoje em dia há muitas pessoas que se envolvem tanto em seus trabalhos e negócios que não têm tempo sequer de se lembrarem de buscar a Deus. Já na Antiga Aliança, Deus exigia um dia semanal de descanso, onde as pessoas não somente paravam de trabalhar, mas também usavam esse tempo para buscarem e adorarem ao Senhor. Infelizmente, este tem sido um fator de distração e esfriamento para muitos cristãos sinceros, que não cederam às pressões do mundo ou do pecado.
Na Parábola da Grande Ceia, Jesus revelou que muitos perdem a consciência do convite de Deus por causa das distrações causadas por coisas lícitas e que podem ser consideradas até mesmo como bênçãos divinas, como, por exemplo, a aquisição de propriedades, a melhoria da capacidade de produção, ou até mesmo a constituição de uma família (Lc 14.15-24)! Isso mesmo! Até o casamento, uma instituição divina (e portanto uma bênção!), pode se tornar uma distração, algo que pode atrapalhar a nossa dedicação ao Senhor:
“O que realmente eu quero é que estejais livres de preocupações. Quem não é casado cuida das coisas do Senhor, de como agradar ao Senhor; mas o que se casou cuida das coisas do mundo, de como agradar à esposa, e assim está dividido. Também a mulher, tanto a viúva como a virgem, cuida das coisas do Senhor, para ser santa, assim no corpo como no espírito; a que se casou, porém, se preocupa com as coisas do mundo, de como agradar ao marido. Digo isto em favor dos vossos próprios interesses; não que eu pretenda enredar-vos, mas somente para o que é decoroso e vos facilite o consagrar-vos, desimpedidamente, ao Senhor.” (1 Coríntios 7.32-35)
Até mesmo o nosso próprio serviço prestado ao Senhor pode se tornar uma distração! Os irmãos de Éfeso perderam o seu primeiro amor, ainda que não tivessem parado de trabalhar para Deus! Encontramos também uma clara advertência do Senhor Jesus no episódio bíblico de Marta e Maria (Lc 10.38-42). Enquanto Maria estava aos pés de Jesus, Marta se queixava pelo fato de haver ficado sozinha na cozinha, servindo. Não creio que Marta estivesse trabalhando somente para manter a casa em ordem. Penso que ela tinha uma boa motivação: ela queria ser uma boa anfitriã; ela queria receber e servir bem ao Senhor Jesus! No entanto, até mesmo os bons motivos podem se tornar distrações, e por isso Jesus disse o seguinte a Marta:
“Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.” (Lucas 10.41,42)
“Uma só coisa é necessária”! Nada, absolutamente nada é mais importante do que a nossa concentração em buscá-Lo sem distração alguma! Precisamos vigiar com relação a todas as coisas (até mesmo as coisas boas e lícitas que podem ser consideradas como bênçãos em nossas vidas!) que podem nos distrair, tirar o nosso foco de termos o Senhor Jesus em primeiro lugar!
Este é um caminho de proteção do nosso amor pelo Senhor. O nosso cuidado nestas quatro áreas é útil para prevenirmos e evitarmos a perda (ou depreciação) do nosso primeiro amor. Contudo, há os que já perderam o seu primeiro amor! Assim sendo, é preciso fazer alguma coisa com relação à perda já sofrida. Para essas pessoas, eu gostaria de compartilhar o que eu tenho entendido nas Escrituras como sendo o caminho de volta.
O CAMINHO DE VOLTA
O caminho de volta é o caminho da restauração. Foi o próprio Senhor Jesus que propôs o caminho da restauração:
“Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.” (Apocalipse 2.5)
Cristo mencionou três passos práticos que devemos dar a fim de voltarmos ao primeiro amor:
1. Lembra-te!
2. Arrepende-te!
3. Volta à prática das primeiras obras!
O primeiro passo é um ato de recordação, de lembrança do tempo anterior à perda do primeiro amor. Não há melhor maneira de retomá-lo do que esta: relembrarmos os primeiros momentos da nossa fé, da nossa experiência com Deus! O profeta Jeremias declarou:
“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.” (Lamentações de Jeremias 3.21)
Algumas lembranças têm o poder de produzirem em nós um caminho de restauração. Muitas vezes não nos damos conta do que temos perdido. Uma boa forma de dimensionarmos as nossas perdas é contrastarmos o que estamos vivendo hoje com o que já experimentamos anteriormente em Deus.
Recordo-me de uma ocasião em que fui visitar os meus pais e entrei no quarto que, quando solteiro, eu compartilhava com os meus irmãos. O simples fato de eu entrar naquele ambiente trouxe à minha memória inúmeras lembranças. Revivi em minha mente os momentos de oração e intimidade com Deus que eu havia passado lá. Recordei, emocionado, as horas que, diariamente, eu passava lá, trancado em oração!
Sem que ninguém me falasse nada, percebi que a minha vida de oração já não era como antes. Estas lembranças ocasionaram naquela época uma retomada da minha dedicação à oração, e, até mesmo hoje, ao recordar aqueles momentos da poderosa visitação de Deus que eu vivi naquele quarto, sinto-me motivado a resgatar o que eu deixei de lado!
Contudo, a lembrança em si do que eu havia provado lá não produziu mudança alguma. Ela simplesmente trouxe um misto de saudade com tristeza e arrependimento, pelo fato de eu ter deixado de lado algo tão importante!
E esta é exatamente a segunda atitude que Jesus pediu aos irmãos de Éfeso: “Arrepende-te!” Não basta termos saudades de como as coisas eram anteriormente! É preciso que sintamos dor por termos perdido o nosso primeiro amor! Precisamos lamentar, chorar, e clamar pelo perdão de Deus! É imperativo reconhecer que a perda do primeiro amor é mais do que um desânimo, ou qualquer outra crise emocional! É um pecado de falta de amor, de desinteresse para com Deus!
À semelhança dos profetas do Antigo Testamento, Tiago definiu como devemos nos posicionar em arrependimento diante do Senhor. Deve haver choro, lamento e humilhação:
“Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.” (Tiago 4.8-10)
O fato de nos humilharmos perante o Senhor é o caminho para a exaltação (restauração) diante d’Ele. Se reconhecermos que abandonamos o nosso primeiro amor, teremos que separar rapidamente um tempo para orarmos e chorarmos em arrependimento diante do Senhor e para buscarmos uma renovação.
Eu sei que recordar e chorar pelo passado também não é a cura em si, mas é um passo em sua direção! É um estágio de preparação, por assim dizer. Por isso o conselho proposto pelo Senhor na Carta à Igreja de Éfeso ainda tem um terceiro passo prático: “Volta à prática das primeiras obras!” Portanto, não basta apenas revivermos as lembranças e chorarmos! Temos que voltar a fazer o que abandonamos! Essas primeiras obras a que Cristo Se refere não são o primeiro amor em si, mas estão atreladas a ele – são uma forma de expressarmos e alimentarmos o nosso primeiro amor! Elas têm a ver com a forma pela qual O buscávamos e também a maneira como O servíamos.
Jesus não protestou porque os efésios não O amavam mais, e sim porque já não O amavam mais como anteriormente! Precisamos mais do que o reconhecimento da nossa perda! Precisamos voltar a agir como no início da nossa caminhada com Cristo!
É tempo de resgatarmos o nosso amor ao Senhor e dar-Lhe nada menos que um amor total! Que possamos sempre nos apossar da graça do Senhor, para vivermos intensamente a nossa obediência ao Maior Mandamento!
Autor: Luciano P. Subirá
Fonte: https://www.orvalho.com
Deus no banco dos réus
Por Hernandes Dias Lopes
Publicado em 18/10/2021
INTRODUÇÃO
1. Um tribunal é estabelecido no livro bíblico do profeta Malaquias
Ele menciona sete audiências. Deus fala, o povo faz a réplica e Deus a tréplica.
2. Uma acusação é formalizada
A acusação contra Deus é de que ele não é ético: não apenas deixando de premiar o bem, mas comprazendo-se no mal.
3. Uma defesa é feita
Deus sai do banco dos réus e prova que a acusação contra ele é falsa, e apresenta-se como testemunha e juiz para condenar os impenitenes e restaurador do seu próprio povo.
4. Uma sentença é lavrada
Deus julga o impenitente, mas restaura o seu povo.
I. OS ACUSADORES DE DEUS
1. Os acusadores de Deus são ingratos
Os acusadores não são de nações pagãos, estranhos à aliança, mas o próprio povo de Deus.
Os acusadores são aqueles a quem Deus tem amado, protegido, libertado.
Os acusadores são aqueles que deveriam estar adorando a Deus, em santidade de vida, mas estão se insurgindo contra ele, levantando acusações falsas contra ele, torcendo a verdade, disseminando o erro.
A pergunta deles queria dizer: “Onde está a prova de que existe alguma mão divina dirigindo os negócios humanos?”
2. Os acusadores de Deus são insensíveis
Eles estão enfadando a Deus com suas palavras e com os seus pecados, mas não sabem que estão enfadando a Deus. Eles falam e agem contra Deus, mas não tem percepção disso. Estão anestesiados, cauterizados, insensíveis.
3. Os acusadores de Deus são equivocados
Eles tinham uma idéia completamente falsa de sua missão. Esperavam que ele viesse destruir as potências dos gentios e restaurar o poder de Israel, mas não estavam preparados para a obra que ele realizaria na purificação dos judeus.
Eles esperavam que com a reconstrução do segundo templo, fatos milagrosos acontecessem como aconteceu com o primeiro templo.
Eles esperavam que com o retorno da Babilônia, Deus enviasse o seu Messias para quebrar o poder do jugo estrangeiro e fizesse deles, judeus, uma nação poderosa.
Eles tinham expectativas claras de que Deus os exaltasse aos olhos das nações, mas ainda estavam sob o jugo estrangeiro, enquanto os pagãos se fortaleciam.
Eles tinham a expectativa de Messias político, guerreiro. Eles esperavam que Deus os exaltasse, mesmo em seus pecados.
II. A ACUSAÇÃO CONTRA DEUS
1. Deus é acusado de ser passivo diante do que acontece no mundo – 2.17
a) A questão da prosperidade do ímpio – Este questionamento não era novo: Por que um homem leva uma vida séria, decente, cumpre seus deveres, paga os impostos devidos e está sempre marcando passo. Já o outro é corrupto, vive burlando as leis, roubando, corrompendo, maquinando contra o próximo e prospera?
1) Asafe – Por que os ímpios prosperam e ele a cada manhã é castigado? Depois da sua angústia, Asafe afirma: “Até que entrei no santuário de Deus, então percebi o fim deles”.
2) Jeremias – “Justo és, ó Senhor, quando entro contigo num pleito; contudo, falarei contigo dos teus juízos. Por que prospera o caminho dos perversos, e vivem em paz todos os que procedem perfidamente?” (12:1).
3) Habacuque – “Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me responderás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás? […] Por esta causa, a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta, porque o perverso cerca o justo, a justiça é torcida” (Hc 1:2-4).
4) Sofonias – “…O Senhor não faz bem, nem faz mal” (1:12).
5) Malaquias – “…Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor, e desses é que ele se agrada; ou: Onde está o Deus do juízo?” (3:17).
6) As calamidades naturais
7) A injustiça social
8) A depravação moral
2. Deus é acusado de ser parcial e imoral em seus julgamentos – 2:17
Eles fazem três pesadas acusações contra Deus:
a) Impunidade no julgamento – “…Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor”. Eles acusam Deus veladamente de não recompensar o bem, mas de premiar o mal.
b) Corruptibilidade no caráter – “…e desses é que ele se agrada”. Eles atacam o caráter santo de Deus. Eles acusam Deus de deleitar-se no pecado e agradar-se do pecador.
c) Inatividade na providência – “Onde está o Deus do juízo?” – Acusam Deus de ser omisso na história, de ser lerdo nas intervenções. Mas, eles é que eram cegos. Deus agiu no dilúvio, em Sodoma, no cativeiro babilônico. Deus agirá no futuro.
III. A DEFESA DE DEUS
Todas as acusações contra Deus eram falsas. Emanaram de pessoas ingratas, corrompidas e equivocadas. Deus é santo, tem o controle da história e manifestará o seu julgamento contra aqueles que pervertem a sua lei.
Diante da pergunta: “Onde está o Deus do juízo?” o Senhor responde: O Deus do juízo virá. Malaquias fala da primeira e da segunda vinda ao mesmo tempo. Como ele virá?
1. O Deus do juízo virá certamente – (3:1)
Deus está com as rédeas da história nas mãos. Pode parecer que os grandes impérios é que estão no controle, que os poderosos é que dirigem a história. Mas Deus é quem está assentado no trono. Ele é quem governa. Ele levanta reis e abate reis. Ele virá para estabelecer o seu Reino de justiça!
2. O Deus do juízo virá inesperadamente – (3:1)
Ele virá repentinamente. Quando ele veio em sua primeira vinda Herodes não o esperava e toda a Judéia ficou turbada. Quando ele vier na sua segunda vinda, virá como o ladrão, inesperadamente.
Sua vinda será como nos dias de Noé: as pessoas estarão cuidando de seus próprios interesses e não se aperceberão quando ele chegar.
3. O Deus do juízo virá oportunamente – (3:1)
O Senhor enviará o seu mensageiro para preparar o caminho (Is 40:3). João Batista veio como precursor. Seu ministério foi aterrar os vales, nivelar os montes, endireitar os caminhos tortos e aplainar os caminhos escabrosos.
Malaquias diz que antes do dia do Senhor, viria o profeta Elias (4:5). Mateus 11:14 diz que João Batista é o Elias. O espíritas pensam que João Batista foi uma reencarnação de Elias. Mas Elias não morreu, por isso, não poderia se reencarnar. Ainda, a Bíblia explica que João veio no espírito e no poder de Elias (Lc 1:17) e não como reencarnação de Elias. A identificação não é corpórea, mas de ministério. Zacarias apontou para João Batista como esse mensageiro: “E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque irás ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos” (Lc 1: 76).
Na segunda vinda precisamos também nos preparar. Jesus alertou sobre a necessidade de vigiarmos. A taça do juízo não é derramada antes da trombeta do alerta.
4. O Deus do juízo virá majestosamente (3:2)
Eles acusavam Deus de parcial, mas queriam um Deus parcial, alguém que viria para premiá-los, para promovê-los. Ele haviam criado um deus doméstico. Mas Deus é o soberano do universo. Ele vem como juiz de toda a terra.
A questão agora, não se ele vem, mas quem poderá suportar a sua vinda? Ele vem para perscrutar, para julgar. Você está preparado?
O profeta Amós diz que o dia do Senhor será dia de trevas e não de luz para aqueles que esperam o favor de Deus, mas permanecem em seus pecados (Am 5:18-20).
5. O Deus do juízo virá restauradoramente – (3:2-4)
a) Deus é como o fogo do ouvires (v.2) – O propósito do ourives é purificar e não destruir. O fogo destrói a escória e purifica o ouro. Esse é um processo doloroso, mas necessário. O fato de Deus nos colocar na fornalha prova duas coisas: 1) Somos preciosos para Deus – Deus jamais iria depurar algo imprestável; 2) Somos propriedade exclusiva de Deus – Somos genuínos. O ponto que ourives quer chegar é olhar para o ouro puro e ver refletido nele a sua imagem.
b) Deus é como a potassa dos lavandeiros (v.2) – A potassa era como sabão, tirava as manchas, a sujeira. O fogo purifica internamente, a potassa lava externamente.
c) Deus é o derretedor e purificador do seu povo (v.3) – Deus virá para fazer uma obra não apenas por nós, mas em nós. Deus quer líderes puros. Ele primeiro derrete, depois purifica. Esse é um processo difícil. Ele nos derrete e nos molda. Deus é o purificador dos filhos de Levi. Nós somos uma raça de sacerdotes. Somos adoradores. Nossa vida precisa ser íntegra, para que nossa oferta seja aceitável.
d) Deus é o restaurador do ofertante e da oferta (v.3,4) – o propósito de Deus é restaurar o adorador e a oferta. A vida precede o culto. Primeiro Deus aceita a vida, depois a oferta. Deus tem saudade do passado, do tempo que o povo lhe trazia ofertas agradáveis (Jr 2:2; Ap 2:4).
6. O Deus do juízo virá condenatoriamente – (3:5)
Deus chega para juízo e o juízo começa pela Casa de Deus. Deus chega e se apresenta como testemunha veloz não a favor, mas contra aqueles que praticam o pecado. Deus prova que a acusação contra ele é infundada. No tribunal Deus se levanta contra:
a) Os feiticeiros – A feitiçaria e o ocultismo sempre ameaçaram a nação de Israel. Por isso, os profetas condenaram de forma tão veemente os casamentos mistos, porta de entrada do ocultismo na vida do povo de Deus. O ocultismo hoje está na moda. Moisés enfrentou os magos. Saul envolveu-se com uma médium. Pedro confrontou a bruxaria de Simão, o mágico. Envolver-se com ocultismo é envolver-se com demônios.
b) Os adúlteros – Malaquias mostrou no capítulo 2:10-16, que alguns homens estavam abandonando sua mulher para casar com mulheres pagãs. Estavam cometendo adultério. Estamos vivendo hoje a derrocada da família. Famílias destroçadas produzem igrejas fracas. A idolatração do sexo. A banização do sexo. O homossexualismo, a pornografia, a imoralidade estão sodomizando a cultura ocidental.
c) Os que juram falsamente – Muitos homens estavam cometendo perjúrio, quebrando os votos conjugais. Os mentirosos não herdarão o reino de Deus. A mentira tem procedência maligna. Muita gente já foi ferida de morte com a língua. Ela é fogo, veneno.
d) Os que defraudam o salário do jornaleiro – Enriquecer com o suor do pobre, sonegando-lhe o pão é algo grave aos olhos de Deus. O sangue do justo fala ao ouvido de Deus, bem como o salário do jornaleiro retido com fraude (Lv 19:13; Tg 5:4).
e) Os que oprimem a viúva e o órfão, e torcem o direito do estrangeiro – Deus é o defensor daqueles que não têm vez nem voz.
CONCLUSÃO
1. Os acusadores agora estão no banco dos réus
O Deus do juízo virá, mas eles não suportarão a sua vinda. Ele virá, mas eles serão julgados e condenados.
2. A causa da condenação dos réus é declarada
Os acusadores de Deus, tornaram-se réus condenados porque não temeram a Deus. Quando o homem perde o temor de Deus, ele perde o referencial do certo e do errado. Quando ele perde o temor de Deus ele corrompe (Ne 5:15).
A nossa geração está perdendo o temor de Deus e se chafurdando em um pântano lodoso.
Oh! que nos preparamos para o glorioso dia de Deus. Aquele dia será de glória indizível para os remidos, mas de trevas para os despreparados!
Quando ele “se chegar para o juízo” a pergunta “onde está o Deus do juízo?” será respondida!
Fonte: https://ipbvit.org.br
Escritura: 2 Cr 32:31
Porém, quanto aos embaixadores dos príncipes da Babilônia, que lhe enviaram para indagar sobre a maravilha que se fazia naquela terra, Deus se retirou dele, a fim de prová-lo, para que soubesse tudo o que estava em seu coração.
Tentação e Teste
Quando somos tentados, não devemos dizer que somos tentados por Deus porque Deus não tenta ninguém (Jm 1:13) . A tentação é má em sua natureza, então nunca vem de Deus. Mas, embora Deus nunca nos tente, Ele nos testa. Podemos ler em toda a Bíblia que Deus testa continuamente Seu povo. Então, 'tentação' é diferente de 'teste'? Sim, ele é. A tentação é algo que nos leva a cometer um certo pecado, enquanto a prova é algo que nos acontece que nos desafia a praticar certo ato de justiça. O primeiro vem do diabo (1 The 3: 5)e é projetado para nos puxar para baixo e nos destruir; o último vem de Deus e é motivado por Seu desejo de nos edificar e nos levar a um nível mais alto de glória. Entrar em tentação é algo que devemos evitar a todo custo, não permitindo que nossos desejos sejam atraídos e atraídos (Mateus 6:13, 26:41; Tiago 1:14) , enquanto ser testado é algo que não podemos evitar porque é preparada para nós por Deus. Visto que foi projetado para nos elevar e edificar, devemos ter alegria quando passarmos por várias provas (Tiago 1: 2) . Um bom exemplo de como lidar com a tentação e o teste é vivido por José. Quando ele estava no Egito e se tornou um supervisor da casa de Potifar e de tudo o que ele tinha, ele foi seduzido por sua esposa a se deitar com ela. O que ele fez? Ele fugiu dela(Gen39: 12) . Ele não se deixou levar por seu próprio desejo por permanecer perto dela, mas imediatamente fugiu para evitar a tentação. Isso é o que devemos fazer com toda tentação. Devemos evitá-lo a todo custo. Embora Joseph tenha evitado a tentação, ele não pôde evitar os testes que Deus preparou para ele. Depois que ele fugiu da esposa de Potifar, ele foi falsamente acusado de forçá-la a se deitar com ele e foi imediatamente colocado na prisão. Em todas essas coisas, ele não resistiu, mas se submeteu.
Deus e o diabo em teste e tentação
Embora 'tentação' e 'teste' sejam diferentes, eles não são necessariamente mutuamente exclusivos. Uma tentação do diabo pode ser usada como um teste por Deus e um teste de Deus pode incluir algumas tentações do maligno. Quando o Senhor Jesus foi tentado pelo próprio diabo no deserto, foi o Espírito de Deus que O conduziu até lá. Portanto, Sua tentação pelo diabo também é um teste de Deus (Mt 4: 1) . Jó perdeu tudo o que tinha porque Deus permitiu que o diabo o atacasse. O diabo estava tentando fazer Jó amaldiçoar a Deus com todas as calamidades que trouxe sobre ele. Mas, Deus os usou para testar sua integridade e levá-lo a um conhecimento mais profundo dEle (Jó 1: 6-2: 10; 42: 5) .
O propósito do teste de Deus
Deus desfruta de um relacionamento próximo e íntimo com Seu povo. Ele quer que vivamos e andemos em Sua presença. Mas, quando Ele nos testa, Ele retirará Sua presença. Ele parecerá nos deixar sozinhos. Agora, Ele faz isso, conforme mencionado acima, para nos edificar e elevar ao nível mais alto de glória.
Existem três propósitos em cada teste de Deus (Dt 8: 2-3) :
1) saber o que está em nosso coração.
2) nos humilhar. (nos tornar humildes)
3) ensinar-nos a viver pela Sua verdade.
Veja os filhos de Israel, por exemplo. Deus os conduziu ao deserto onde não havia comida. Ele permitiu que eles tivessem fome. Nessa situação, Deus poderia saber o que estava em seu coração, se reclamariam ou agradeceriam, se continuariam a segui-Lo para a terra de Canaã ou se prefeririam voltar para o Egito. Ao permitir que passassem fome, Ele também os humilhou. Eles perceberam que não podiam mais se sustentar e se sustentar. Eles ficaram desamparados. Então, Deus os alimentou com o maná que eles não conheciam nem seus pais conheciam, para que pudesse fazê-los conhecer a Sua verdade de que o homem não viverá só de pão; mas o homem vive de cada palavra que sai da boca do Senhor.
Conhecendo o teste de Deus e como responder
Como sabemos que estamos sendo testados por Deus? E, mais importante, como devemos reagir quando estamos sendo testados por Ele?
1) Quando nos deparamos com uma situação impossível.
Quando enfrentamos uma situação em nossa vida impossível de superar humanamente, podemos ter certeza de que estamos sendo testados por Deus. O Senhor Jesus testou Filipe para saber como ele reagiria quando ele e Seus outros discípulos se deparassem com uma situação impossível como alimentar cinco mil sem ter disponíveis recursos materiais(João 6: 5-6). O Senhor o testou onde comprariam pão para que a multidão que O seguia pudesse comer. Filipe respondeu que duzentos denários de pão não lhes bastavam, para que cada um deles recebessem um pouco. Provavelmente, ele olhou para o dinheiro que eles tinham e calculou que o pão que eles poderiam comprar com aquela quantia de dinheiro não seria suficiente para o povo. Filipe ficou maravilhado com a grandeza e a impossibilidade da tarefa e se esqueceu de que Jesus era maior do que a tarefa e que nada era impossível para ele. Quando nos deparamos com uma situação impossível, nunca devemos esquecer que Deus é maior do que a situação e que Ele já sabe o que fazer. O que precisamos fazer é apresentar tudo o que temos, não importa o quão pequeno ou insuficiente, a Ele e confiar que Ele usará isso para superar a situação por nós.
2) Quando nossas orações parecem não receber resposta ou até parecem ser rejeitadas.
Quando oramos por algum tempo e não recebemos a resposta, provavelmente é porque estamos sendo testados por Deus. A mulher de Canaã, cuja filha estava severamente possuída por demônios, veio a Jesus e implorou que Ele tivesse misericórdia dela (Mateus 15:22). A princípio, o Senhor não respondeu a ela uma palavra. Então, Ele respondeu e disse que não foi enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Mas, enquanto ela implorava, Ele lhe disse que não era bom pegar o pão dos filhos e jogá-lo nos cachorrinhos. Parecia que o Senhor a rejeitou e não atendeu ao seu pedido. Mas, o que realmente aconteceu foi que o Senhor a estava testando. Ela desistiria e se sentiria ofendida? Não, ela era persistente. Ela O adorava e dizia que até os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa de seus donos, demonstrando sua humildade e também sua grande fé. E, o Senhor atendeu ao seu pedido (Mt 15:28). Isso é exatamente o que devemos fazer quando nossas orações parecem não receber resposta, embora já tenhamos orado por algum tempo. Não devemos nos sentir ofendidos nem desistir. Em vez disso, devemos nos humilhar ainda mais na adoração, mas, ao mesmo tempo, ser persistentes e sábios em nossa fé.
3) Quando o que Deus está fazendo em nossas vidas parece contradizer Sua promessa.
Todos nós recebemos promessas de Deus sobre as grandes coisas que Ele fará em nossas vidas. Mas, muitas vezes, tendo recebido Sua promessa, nos encontramos em situações que parecem contradizer Sua promessa. Quando isso acontece, precisamos perceber que estamos sendo testados por Deus. Abraão foi instruído por Deus a sacrificar seu filho unigênito, Isaque, em quem foi prometido ter uma multidão de descendentes (Gn 22: 1-2) . Abraão foi testado por Deus. Embora lhe tenha sido dito para fazer algo contraditório à promessa que havia recebido de Deus, ele não vacilou nem resistiu. Ele obedeceu e concluiu que Deus ainda era capaz de cumprir Sua promessa ressuscitando seu filho, mesmo dentre os mortos (Hb 11:19). Devemos seguir o exemplo de Abraão quando nos encontrarmos em uma situação semelhante. Não devemos duvidar nem resistir, mas nos comprometer com Deus e confiar que Ele é capaz de cumprir o que prometeu, não importa o quão impossível seja a situação.
Fonte: https://www.facebook.com/cwdotcenter/
Link: https://thespiritualhope.cw.center/the-test-from-god/
10 atributos de uma igreja focada em sua missão
Por Joseph Mattera, com adaptações de Francisco Jorge
Postado em 04/09/2021
Desde o início da pandemia em 2020, tenho notado que as pessoas estão cedendo ao medo em vez de agir com fé. O medo pode impedir o avanço do Reino. A Igreja é sempre chamada a prosperar, mesmo quando as dificuldades são intransponíveis. A chave para o avanço contínuo é que a Igreja permaneça focada em sua missão.
A seguir estão dez atributos da Igreja focada em sua missão(com base no livro de Atos).
- A Igreja focada em sua missão deve continuar o ministério de Jesus como Seu corpo.
Atos 1: 1 implica que, como o evangelho de Lucas descreveu o que Jesus começou a fazer, enquanto o livro de Atos narra o que Jesus continua a fazer por meio de Seu corpo. A Igreja é chamada de corpo de Cristo em passagens como 1 Coríntios 11: 12-13 e Efésios 1:22, 23.
Portanto, como Suas testemunhas, a Igreja funciona como as mãos, os pés e a voz de Jesus (Atos 1: 8). Assim, a Igreja continua as obras de Jesus. É a manifestação visível do Cristo invisível (João 14:12).
2. A Igreja Focada em sua missão deve orar coletivamente até que haja uma grande erupção do Espírito.
Atos 1:14 diz: "Todos estes se devotaram unânimes à oração, junto com as mulheres e Maria, a mãe de Jesus e seus irmãos." Eles fizeram isso até que o Espírito Santo caiu no dia de Pentecostes.
Este relato prescritivo ilustra a conexão entre períodos prolongados de oração corporativa e o derramamento do Espírito. Se a Igreja contemporânea deseja experimentar derramamentos semelhantes do Espírito, precisamos ter a mesma intensidade e compromisso com a oração corporativa que a Igreja primitiva.
3. A Igreja focada em sua missão continuará a praticar os quatro fundamentos da Apostolicidade mencionados em Atos 2:42.
“E eles se devotaram ao ensino e comunhão dos apóstolos, ao partir do pão e às orações.”
Com base nesta passagem, a Igreja deve ter um tipo de ensino que regularmente enfoca a centralidade de Jesus por meio da ceia do Senhor, oração e comunhão (que tem a ver com fazer a vida com aqueles focados no Evangelho).
4. A Igreja focada em sua missão encara cada desafio como uma oportunidade de ir para outro nível de avanço do Reino.
Atos 6: 1-7 descreve a época em que os crentes de língua hebraica estavam negligenciando as viúvas de língua grega. Essa ação prejudicial resultou na escolha dos Apóstolos de sete homens para supervisionar a distribuição de alimentos. Isso resultou no estabelecimento do ofício de diácono, que tem abençoado a Igreja nos últimos dois milênios (1 Timóteo 3: 8-13).
O livro de Atos também ilustra que a perseguição da Igreja primitiva resultou na implantação do Evangelho nas cidades de Samaria e Antioquia (Atos 8: 1-8; 11: 19-21). Portanto, seja qual for a situação, a Igreja dever continuamente resolve problemas e avançar em eficácia!
5. A Igreja focada em sua missão demonstra o poder da Ressurreição de Cristo ao mundo ao seu redor (Atos 5:15).
Atos 5:15 diz: “até levaram os enfermos para as ruas e os deitaram sobre catres e esteiras, para que, quando Pedro passasse, pelo menos a sua sombra caísse sobre alguns deles”.
Consequentemente, a Igreja precisa demonstrar o reinado de Cristo nas ruas, não apenas nos edifícios da igreja.
6. A Igreja focada em sua missão produz mártires (Atos 7: 54-60).
Atos 7 narra o martírio de Estêvão, a primeira pessoa a morrer por causa do Evangelho. Em sua morte, Jesus se levantou para recebê-lo (Atos 7:55)!
Conseqüentemente, a Igreja tem pessoas que sabem que não vale a pena viver sua vida a menos que haja algo pelo qual valha a pena morrer. O cristianismo é viver uma vida crucificada. Se perdermos nossa vida, então a encontraremos (Marcos 8:35).
7. A Igreja focada em sua missão Missão testemunha conversões dramáticas.
Atos 8: 1-3 mostra como Saulo foi o principal perseguidor da Igreja. Atos 9: 1-6 mostra como Deus reservou Saulo para a conversão, o que resultou em muitas salvações. Por fim, como o apóstolo Paulo, ele escreveu um terço do Novo Testamento! Acredito que isso nos mostra que a Igreja experimentará muitas conversões dramáticas de algumas das pessoas mais influentes de sua geração.
8. A Igreja focada em sua missão produz discípulos.
Em Mateus 28:19, Jesus chamou a Igreja para se concentrar em fazer discípulos. (Um discípulo é um estudante empenhado em sentar-se sob a tutela de outra pessoa mais madura.) Atos 14: 21-23 ilustra como a Igreja de Atos seguiu este mandamento de Jesus: “Quando pregaram o evangelho naquela cidade e fizeram muitos discípulos ... ”
Portanto, a Igreja deve estar focada em fazer discípulos, não apenas em atrair multidões.
9. A Igreja focada em sua missão afeta positivamente a comunidade ao redor (Atos 8: 3-4; 17: 6; 19).
Atos 8: 8 mostra que o resultado da pregação do Evangelho foi que “havia muita alegria naquela cidade”. Em Atos 17: 7, eles disseram dos cristãos que vêm para sua região: “Esses homens que viraram o mundo de cabeça para baixo vieram aqui também ...”
Atos 19:10 mostra como o ministério de Paulo resultou em “todos os residentes da Ásia ouvindo a palavra do Senhor, tanto judeus como gregos”. Assim, a Igreja vira o mundo de cabeça para baixo e impacta cidades, e não a penas pecadores individuais (Isaías 61: 4).
10. A Igreja focada em sua missão continua a proclamar o Evangelho sem obstáculos, apesar das circunstâncias difíceis (Atos 28: 5).
Atos 4: 29-31 mostra como a Igreja perseguida orou por mais ousadia para pregar em vez de parar a perseguição.
Atos 28: 30-31 diz sobre o apóstolo Paulo: “Ele viveu lá [em prisão domiciliar em Roma] dois anos inteiros às suas próprias custas, e acolheu todos os que vieram a ele, proclamando o reino de Deus e ensinando sobre o Senhor Jesus Cristo com toda ousadia e sem obstáculos. ”
Assim, as palavras finais do livro de Atos tratam da pregação sem obstáculos.
Esses 10 atributos são são a forma como a Igreja contemporânea focada em sua missão deve ser definida, avançando em meio à crise atual.
O Dr. Joseph Mattera é um autor, consultor e teólogo conhecido internacionalmente, cuja missão é influenciar líderes que influenciam a cultura. Ele é o pastor fundador da Igreja da Ressurreição e lidera várias organizações, incluindo a Coalizão de Líderes Apostólicos dos EUA e a Coalizão do Pacto de Cristo
Fonte: https://www.christianpost.com
O projeto de Deus no deserto
Postado em 18/08/2021
O deserto é uma região onde recebe pouca quantidade de chuva, em virtude desta condição climática, a umidade é muito baixa e a vegetação pouco se desenvolve.
O solo do deserto é pouco fértil, principalmente por causa da areia e das rochas.
Durante o dia as temperaturas costumam ser muito elevadas e a noite muito baixas. Com essas condições a vida torna-se complicada tanto para seres humanos quanto para os animais.
Os desertos tem reputações de serem locais capazes de suportar pouca vida.
Comparando-se com regiões mais úmidas, isso até pode ser verdade, porém se analisarmos os detalhes, eles abrigam uma riqueza de vida que normalmente parece escondida.
Fazendo do deserto uma analogia espiritual para a vida do cristão, as características acima fazem muito sentido.
Frequentemente ouço cristãos dizendo que estão no deserto ao se referirem a situações difíceis. Mas, fica tranquilo pois Jesus nos ensina que existem momentos em nossas vidas que está acontecendo uma limpeza (trabalhar dEle), você que saber quando e como? Veja nosso estudo da Videira.
Porém, é o próprio Deus que faz com que o seu povo passe por este deserto, isso mesmo, você não leu errado, é Deus que permite por variados motivos ou circunstâncias que o seu povo passe pelo deserto.
“Como também no deserto, onde vistes que o Senhor, vosso Deus, nele vos levou, como um homem leva a seu filho, por todo o caminho pelo qual andastes, até chegardes a esse lugar”. (Deuteronômio 1.31)
“…te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardaria ou não seus mandamentos”. (Deuteronômio 8.2)
Deus nos leva ao deserto, para nos provar; ver nossa atitude para com Ele.
Deus sustentou o povo faminto no deserto por meios anteriormente desconhecidos por eles, porém hoje através da revelação de sua palavra podemos saber os motivos reais pelo qual Ele nos permite passar por esta prova.
Veremos alguns motivos pelo qual o cristão passa pelo deserto. Todos os argumentos aqui utilizados, são fundamentados nas 5 regras altamente eficaz para um bom estudo bíblico (se quiser fazer um estudo ou pregar eu recomendo):
O deserto é um lugar de escuta
“…falou o Senhor a Moisés, no deserto…” (Números 1.1)
“Falou o Senhor a Moisés no deserto do Sinai…” (Números 9.1)
“Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração”. (Oseias 2.14)
O Sinai é uma península montanhosa e deserta do Egito, e ali o povo de Deus havia acampado por um período de 11 meses.
Foi no deserto que Deus entregou a Moisés a maioria das orientações ao povo de Israel. Por quatro vezes Moisés subiu ao Monte Sinai para ouvir ao Senhor, e na última vez ele recebeu a “Lei” (os mandamentos para o povo).
No deserto, Deus orientou Moisés a fazer um censo do povo e a celebrarem a Páscoa, esta lembrando a passagem da condição de escravidão, para a condição de um povo liberto. Foi também neste local que Israel levantou a tenda da congregação, o tabernáculo onde a glória de Deus residia.
Esse foi o lugar da habitação de Deus no meio de seu povo.
É Deus quem leva, ou nos permite ser levado ao deserto. Nada saiu do controle de sua soberana vontade.
No livro de Oseias, vemos que Deus tinha por objetivo trazer Israel de volta para si. Assim funciona conosco nos dias atuais, pois é comum na cidade em meio a correria e tarefas, não termos tempo para Deus.
Nos ocupamos com futilidades, vaidades, atrações e distrações que acabamos por nos enchermos de nós mesmo, negligenciando as orientações de Deus. Logo vemos Deus nos levando ao deserto, não como forma de punição ou castigo, mas como maneira de nos colocar em nosso lugar como seu povo, ou seja, na sua presença.
Ele quer que venhamos a nos aquietarmos diante Dele, para que assim como fez ao povo de Israel, Ele possa nos instruir na sua vontade. Deserto também é local de escuta.
Muitos repudiam a voz de Deus, escolhendo um caminho largo e de facilidades, mas, nosso Deus nos mostra que devemos entrar pela porta estreita e caminho estreito que conduz a salvação.
O deserto é um lugar de crescimento
“O menino crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até o dia em que havia de se manifestar-se a Israel”. (Lucas 1.80)
Vários grupos habitavam nas regiões desérticas a leste de Jerusalém. Do mesmo modo que Ana consagrou Samuel ao Senhor, confiando-o aos cuidados do profeta Eli.
É possível que os pais de João Batista já em idades avançada quando o menino nascerá, tenham entregue a criança aos cuidados de alguém ligado a essas comunidades.
João Batista crescia e se fortalecia em espírito, enquanto estava no deserto, antes de manifestar-se a Israel.
Em algumas ocasiões, Deus nos levará para o deserto, para que possamos, não só crescer fisicamente, como também espiritualmente. Os alimentos são os nutrientes necessários para a nutrição do corpo físico.
Os nutricionistas recomendam uma refeição a cada três horas, ou seja, alimentar-se com regularidade. Porém para crescer em espírito é necessário alimentar-se regularmente da palavra de Deus.
Esse deserto ocorre principalmente na vida daqueles que querem pregar ou ensinar a Palavra, pois Jesus com isso, está trazendo as pessoas mais próximas a Ele, porém jamais devemos desistir, pregar a Palavra é para todos. Por isso, eu desenvolvi um guia completo de como desenvolver uma pregação passo-a-passo.
“.. e te deixou passar fome, e te sustentou com o maná…para te dar a entender que nem só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do Senhor viverá o homem”. (Deuteronômio 8.3)
Quando o povo estava no deserto Deus os alimentou com o maná. Ele permitiu que Israel tivesse fome, para alimentá-los. Sendo esta uma forma de sustento mais importante que a comida, ele nutre nossas necessidades espirituais de uma maneira eterna, ao invés de promover um alívio temporário da fome física.
O nosso crescimento espiritual pode ser medido a maneira de como nos tornamos mais parecidos com Cristo.
No deserto ao ser tentado, Cristo resistiu ao diabo apoiando-se nas escrituras. Cristo foi tentado em todos os aspectos, mas vencera as tentações, pois mesmo em jejum, alimentava-se da palavra de Deus. A partir desse episódio Cristo inicia seu ministério, e esse não parava de crescer.
Lembre-se, no deserto Deus quer te alimentar para que você possa crescer.
O deserto é um lugar de preparação
“…Voz que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas”. (Lucas 3.4)
Um monarca que viajasse por regiões desertas teria uma equipe de homens a seu dispor, seguindo adiante dele para garantir que o caminho estivesse livre de entulhos, buracos ou outros riscos que pudessem dificultar a viagem.
João Batista, em um sentido espiritual, estava chamando Israel a preparar o coração para a chegada do Messias. Por vezes, Deus nos colocará no deserto para que venhamos a nos preparar. Preparar para o quê? Você deve estar se perguntando.
“Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”. (Mateus 3.2)
Neste versículo, Deus não apenas nos chama ao arrependimento (arrependimento é tão importante que escrevi um estudo totalmente aprofundado sobre o assunto, você sabe se é necessário arrependimento para a salvação?), como também, nos traz à lembrança de que não pertencemos a este reino.
A pátria do cristão não é terrena, ela é celestial. Num sentido, o reino é uma realidade presente, mas, no seu sentido mais pleno, aguarda um cumprimento ainda futuro.
O reino agora é manifestado por meio do governo espiritual do céu sobre o coração dos cristãos, e um dia será estabelecido num reino terreno literal.
“Porque o reino de Deus está dentro de vós”. (Lucas 17.21)
“Não somos seres humanos vivendo experiências espirituais, somos seres espirituais vivendo experiências humanas” (Teilhard de Chardin, teólogo e filósofo francês).
Devemos estar constantemente nos preparando para a chegada do nosso Senhor Jesus. Nos afastando radicalmente dos pecados desta terra, produzindo assim frutos dignos de arrependimento. Deus vai te levar ao deserto para te preparar.
O deserto é um lugar de libertação
“Assim diz o Senhor: O povo que se livrou da espada, logrou graça no deserto…” (Jeremias 31.2)
O povo que passara quarenta anos no deserto e que havia presenciado o que Deus tinha feito no Egito por intermédio de Moisés, murmura ao estar passando por ali. Chegando a sugerir que haviam sidos tirados do Egito para morrer no deserto.
Porém quando o lamento de Israel se transforma em júbilo, eles percebem que a graça e os planos de Deus haviam alcançado aquele povo. Pois não foi no Egito (maior império daquela época), que o povo de Deus encontrou a libertação, a liberdade veio no deserto.
Em certas ocasiões, Deus nos levará ao deserto, para que venhamos a abandonar determinados vícios que ainda nos prendem ao nosso passado.
Não se prenda ao Egito, é no deserto que Jesus (Jesus ou Messias é como acostumamos a chamar o Cristo, porém, existe mais outros 100 nomes atribuídos na Bíblia a Jesus que você precisa saber) quer te libertar.
O deserto é lugar de descanso
“Ao que Ele lhes disse: Vinde a sós, à parte, para um lugar deserto, e descansai um pouco”. (Marcos 6.31)
Em determinadas vezes, Deus nos levará ao deserto, para que venhamos a descansar.
O convite que Cristo fez, para uma retirada ao deserto, se restringia aos doze discípulos, pois Ele sabia que esses também precisavam de descanso. Logo adiante Cristo junto com os doze, alimentou uma grande multidão e os ensinava-lhes sobre muitas coisas.
Deus nos leva ao deserto em momentos oportunos para descanso, pois Ele sabe dos desafios, lutas e compromissos que temos. Por ora trabalhamos, por hora descansamos. Lembre-se no deserto, Deus pode estar querendo te dar descanso.
O deserto é lugar provação
“A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado”. (Mateus 4.1)
O próprio Deus, jamais é o agente da tentação, mas aqui como no livro de Jó, Deus usa até mesmo a tentação satânica para servir a seus propósitos soberanos.
Cristo foi tentado em todos os aspectos. Satanás o tentou com a concupiscência da carne (vs. 2-3), concupiscência dos olhos (vs. 8-9) e soberba da vida (vs. 5-6), existe 4 aprendizados com a tentação de Jesus no deserto.
Cristo responde citando exemplos do povo que estava no deserto murmurando colocando o Senhor a prova, exigindo que Moisés providencia-se água onde ela não poderia ser achada. Tal como o povo, Cristo foi levado ao deserto para ser provado, diferente de Israel, Ele resistiu a todos os aspectos.
Quando for colocado no deserto à prova, você murmurará como Israel, ou resistirá assim como Cristo fez? A provação é temporária, no deserto Deus te convida a resistir.
O deserto é lugar sinais, graça e glória
“…tendo visto a minha glória, e os prodígios que fiz no Egito e no deserto…” (Números 14.22)
Foi no deserto, que o povo de Deus viu a maioria dos sinais realizados pelo Senhor. Foi também ali, que a glória de Deus era manifesta a eles.
É em meio as lutas e dificuldades que veremos o sobrenatural de Deus agindo em nossas vidas. Davi não olhou para o tamanho o gigante, mas ele olhou para o Deus que ele servia, o ¨Senhor dos exércitos¨, e ali ele viu Deus operar os seus sinais, concedendo-lhe a vitória.
Nas dificuldades, nas lutas, nas provações e desertos, saiba que é ali que Deus opera os seus sinais e manifesta a sua glória ao seu povo.
No deserto, Deus quer manifestar a sua glória e os seus sinais, concedendo graça, pois a maravilhosa graça de Deus é constante ao seu povo.
Conclusão
“Converteu o deserto em lençóis de água e a terra seca em mananciais.” (Salmos 107.34)
De repente, você se vê no deserto, as lutas e desafios vieram, os problemas acumularam, você perdeu a sua paz, ou pior; você tem a sensação que Deus o abandonou no deserto, e então se vê cercado por areia e cactos, com um sol escaldante sobre a sua cabeça, como se sua morte fosse dada por certa.
Lembre-se, que o mesmo Deus que conduziu o povo de Israel ao deserto, para que eles alcançassem o favor do Senhor e a sua liberdade, é também o Deus que por vezes te coloca neste deserto.
Não para te castigar ou punir, mas para que você o possa procurar e ouvir as orientações que Ele tem para a sua vida.
Quando Deus te leva para o Deserto não é para virar um cacto, apesar dele ser cheio de propriedades internamente. Deserto é lugar de crescimento e aprendizado, não vire um cacto pois o mesmo tem espinho por foras e não podemos chegar perto.
No deserto vire filho de Deus, pois a essência de Cristo eram fontes de águas vivas que jorravam de seu interior.
E quando alguém tocava Nele, saiam virtudes do amor do Pai, capaz de curar pessoas. Quem você quer se tornar no Deserto um cacto ou filho de Deus? (Pastor Gilson Almeida)
Deus quer transformar o teu deserto em mananciais. Mas antes, Ele quer te mudar, para que você seja ainda mais semelhante a Seu Filho Cristo Jesus.
Fonte: https://enfoquebiblico.com.br
Eram três reis magos?
Por Cris Beloni
Postado em 18/01/2021
“Depois que Jesus nasceu em Belém da Judéia, nos dias do rei Herodes, magos vindos do Oriente chegaram a Jerusalém e perguntaram: Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.” (Mateus 2.1-2)
O que quer dizer “mago” no contexto bíblico
Mago vem da palavra grega que significa “astrólogo” conforme o arqueólogo Dr. Rodrigo Silva. Ele explica que um astrólogo, naquele tempo, era um adorador de corpos celestes, que previa o futuro através da leitura das estrelas e também analisava a influência dos astros sobre a vida das pessoas.
Para o arqueólogo, a estrela que os magos viram não era uma previsão do nascimento de Jesus, mas um sinal de que Ele havia chegado e a indicação do local onde Ele estava. “Uma manifestação celestial que ‘parecia’ uma estrela”, explicou. E, até o dia de hoje, Deus revela sinais no sol, na lua e nas estrelas como indicação da volta de Cristo.
Voltando ao termo “mago”, vale lembrar também que alguns homens de Deus receberam esse título por se destacarem entre os sábios. Veja por exemplo, o que disseram de Daniel:
“Existe um homem em teu reino que possui o espírito dos santos deuses. Na época do teu predecessor verificou-se que ele tinha percepção, inteligência e sabedoria como a dos deuses. O rei Nabucodonosor, teu predecessor, sim, teu predecessor, o rei, o nomeou chefe dos magos, dos encantadores, dos astrólogos e dos adivinhos.”
“Verificou-se que esse homem, Daniel, a quem o rei dera o nome de Beltessazar, tinha inteligência extraordinária e também a capacidade de interpretar sonhos e resolver enigmas e mistérios.” (Daniel 5.12)
Perceba que, nem sempre, a Bíblia se refere aos magos como feiticeiros, mas como homens sábios e de inteligência extraordinária. Quando a liderança pagã nomeava um homem de Deus como sábio, adivinho ou mago, era por causa da sua capacidade de profetizar sobre a vida das pessoas. A diferença é que a profecia e as previsões de futuro vinham de um único Deus, o Criador de todas as coisas.
Mago no contexto atual
O significado de mago, em nossa sociedade, é alguém que faz magia ou ainda que se envolve com “forças das trevas”. Se levarmos o nosso conhecimento atual para a interpretação de um texto bíblico, a nossa compreensão pode realmente ficar muito confusa.
O teólogo Yago Martins do canal “Dois dedos de teologia” também acredita que o termo mais adequado para os magos, seria “astrólogos do Oriente”, descrevendo pessoas envolvidas não só com astrologia, mas também astronomia. Antigamente, a ciência unificava estas duas especialidades.
A estrela como um sinal
Nos manuscritos disponíveis, naquela época, havia uma profecia sobre a vinda de Jesus, que falava sobre uma estrela:
“Eu o vejo, mas não agora; eu o avisto, mas não de perto. Uma estrela surgirá de Jacó; um cetro se levantará de Israel.” (Números 24.17)
A citação da estrela indica o sinal da vinda do Messias e a profecia revela a localidade de seu nascimento.
Gaspar, Beltazar e Belchior
Então, o ouro, o incenso e a mirra eram uma declaração dos magos, dizendo que Jesus era Deus e Rei, mas que estava destinado ao sofrimento – a sua morte de cruz para salvar a humanidade.
Os magos eram reis?
Durante a leitura do texto bíblico, é normal que as pessoas associem a riqueza à monarquia. Mas não é porque os presentes eram caros que os presenteadores deveriam ser reis. E aqui nesse ponto, Yago faz outra observação: “Visitando o rei Herodes, seria comum que os reis fossem conhecidos dele, mas tudo indica que não eram. Eles deveriam ser apresentados de forma ‘pomposa’, mas eles aparecem de forma muito humilde no Evangelho”.
Conclusão
Nem três, nem reis e nem estritamente magos no sentido moderno. A narrativa tão conhecida e contada através dos presépios populares carrega em si um pouco de lenda e crendice popular. Conhecer a Bíblia, no entanto, pode derrubar esses mitos e nos guiar para mais perto da verdade.
Fonte:https://www.gospelprime.com.br/
Mal-entendidos sobre o pecado imperdoável
Postado em 12/10/2020
Muitas vezes, essa pergunta é feita a partir do estado de medo. Aterrorizados por terem cometido o pecado eternamente imperdoável contra o Espírito, alguns crentes vivem com um desânimo carregado de culpa.
Meu coração dispara sempre que recebo uma correspondência de alguém que está cheio dessa ansiedade tensa e paralisante. Com pânico, perguntam angustiados: “Será que cometi pecado que não pode ser perdoado? Estou condenado para sempre por causa de uma única ação?” Embora eu entenda que esse tópico possa ser um tanto alarmante, é importante lembrar que o medo não vem de Deus.
“Porque Deus não nos deu o espírito de medo, mas de poder, e amor e domínio próprio” (2 Tim. 1: 7, MEV).
Tudo o que rouba a integridade da mente não é de Deus. Portanto, se você carrega inquietação em seu coração, saiba que não foi Deus que a colocou lá. Mesmo a convicção de pecado, que às vezes pode causar um sentimento de tristeza pelo pecado, é essencialmente cheia de esperança, pois apresenta problemas e soluções ao mesmo tempo. Compare isso com o medo ímpio, que é sempre combinado com o desespero.
Primeiro, vejamos o versículo chave.
“Por isso eu lhes digo: todo pecado e toda blasfêmia serão perdoados, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada.
Quem falar contra o Filho do Homem será perdoado, mas quem falar contra o Espírito Santo não será perdoado, nem neste mundo nem no mundo por vir.
Mateus 12:31,32
Essas são algumas palavras muito duras de Jesus. São palavras encontradas em três dos quatro evangelhos. Portanto, antes de tentar explicar, saiba que não estou tentando banalizar ou minimizar a ponderação do assunto abordado. Jesus realmente quis dizer o que disse. Certamente há um pecado que nunca pode ser perdoado. Esteja certo disso.
Jesus realmente quis dizer o que quis dizer. Jesus é muito meticuloso sobre Sua escolha de Palavras, e cada uma delas é inspirada pelo próprio Espírito Santo. “Nunca” realmente significa “nunca”.
“Perdoado” realmente significa “perdoado”.
“Nunca perdoado” realmente significa “nunca perdoado”.
Jesus realmente estava a falar de um pecado que poderia garantir a condenação eterna de uma alma. Essa alma nunca pode ser perdoada – nem neste mundo ou no mundo vindouro, nem nesta era ou na era vindoura. Portanto, devemos seguir com reverência nossa abordagem para entender essas palavras muito sagradas. Na tentativa de consolar um ao outro, não devemos baixar nenhum padrão que o próprio Cristo tenha elevado. Também não devemos procurar inspirar facilidade, onde Cristo se propôs a inspirar grande reverência.
Estude o versículo de qualquer ângulo, e a seriedade ainda assim é muito óbvia. Abordo o versículo, como Paulo abordou a pregação do evangelho.
“Conhecendo, portanto, o temor do Senhor, convencemos os homens …” (2 Cor. 5:11, MEV).
Em segundo lugar, vejamos o contexto do versículo.
Simultaneamente curando a fala e a visão de um homem, Jesus libertou aquele homem de um espírito demoníaco. Ao ver a maravilhosa libertação, uma multidão de espectadores começou a louvar a Jesus e a discutir a ideia de que Jesus poderia ser o Messias, o Salvador do mundo.
Entre a multidão de espectadores havia um grupo de fariseus. Eles estavam constantemente a procurar um meio pelo qual pudessem desacreditar a Jesus. Então, em resposta à libertação que testemunharam, os fariseus acusaram Cristo de usar o poder de Satanás para expulsar demônios. Jesus respondeu dizendo: “Todo reino dividido contra si mesmo é levado à desolação. E toda cidade ou casa dividida contra si mesma não permanecerá. Se Satanás expulsa Satanás, ele está dividido contra si mesmo. Então, como seu reino permanecerá? E se eu expulsar demônios por Belzebu, por quem seus filhos os expulsam? Portanto, eles serão seus juízes “(Mt 12: 25-27, MEV).
Agora lembre-se de que é pelo poder do Espírito Santo que os demônios são expulsos de um indivíduo.
Jesus corrobora essa verdade dizendo: “Mas, se expulso demônios pelo Espírito de Deus, então o reino de Deus já chegou até vocês.
Afinal, quem tem poder para entrar na casa de um homem forte e saquear seus bens? Somente alguém ainda mais forte, alguém capaz de amarrá-lo e saquear sua casa. “(Mt 12: 28-30, MEV).
No momento seguinte, Jesus nos dá as palavras severas e duras que estamos a analisar. Os fariseus atribuíram a obra do Espírito Santo a Satanás. Isso é horrível e muito assustador. Que acusação feia!
Então é isso? A falsa atribuição é a blasfêmia do Espírito Santo?
Veja o relato do evangelho de Marcos. Sua narrativa inclui uma parte em que os fariseus dizem que Jesus era “… possuído por Satanás, o príncipe dos demônios. É aí que ele obtém o poder de expulsar demônios“.
Os fariseus não apenas atribuíram a obra de Cristo ao poder demoníaco, como também acusaram Cristo de ser possuído pelo próprio Satanás. Eles disseram que o Espírito Santo era Satanás e rejeitaram a divindade de Cristo.
Não devemos ter problemas em conhecer o contexto da advertência de Cristo. Pois, de fato, as Escrituras nos dizem especificamente porque Jesus falou essas palavras sóbrias em primeiro lugar.
“Porque eles disseram: ‘Ele tem um espírito imundo.'” (Marcos 3:30, MEV).
Em terceiro lugar, devemos entender a própria palavra. Blasfema aqui é o termo grego blasfémia.
(Nota: Interessantemente, é um substantivo feminino.) É um discurso difamatório contra o divino. É um discurso injurioso. É por isso que Jesus usou a frase “quem fala contra o Espírito Santo …”
Portanto, podemos descartar alguns dos pecados comumente atribuídos ao “pecado imperdoável”: assassinato, suicídio, fornicação, bruxaria, adultério e assim por diante. Esses pecados não podem ser o pecado imperdoável, porque não são pecados de expressão. Além disso, mesmo a blasfêmia geral contra Deus pode ser perdoada, como Jesus deixa perfeitamente claro quando declarou: “todo pecado e blasfêmia podem ser perdoados …” É claro que Ele continuou especificando a exceção. Jesus foi muito específico com Sua mensagem, e é essa especificidade que torna mais difícil cometer o pecado imperdoável.
Agora, alguns sugerem que o pecado imperdoável é o pecado da incredulidade consistente e teimosa. Em outras palavras, é “descrença até a morte”. Isso não pode ser verdade. Caso contrário, como alguém poderia ser marcado como imperdoável “neste mundo“, como Jesus disse? Que alguém possa estar além do perdão de Deus neste mundo significa que o pecado pode ser cometido deste lado da eternidade. Além disso, a ideia de que o pecado imperdoável não pode ser cometido enquanto se vive, ignora completamente o contexto original em que o assunto foi tratado pela primeira vez.
Os fariseus haviam cometido o pecado ou estavam perigosamente próximos de cometer o pecado. Então, o que eles fizeram?
Eles alegaram que o Espírito Santo era satânico e basicamente chamavam a Cristo, Satanás. Eles testemunharam a obra óbvia de Deus entre eles, mas denunciaram a Cristo. Lembre-se de que todos os espíritos contra Cristo negarão Seu senhorio.
“Portanto, eu sei que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: ‘Jesus seja amaldiçoado!’ E ninguém pode dizer: ‘Jesus é o Senhor’, exceto pelo Espírito Santo “(1 Cor. 12: 3, MEV).
Portanto, não é possível para um cristão cometer esse pecado.
“Mas já vos disse que também vós me vistes, e contudo não credes.
Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.” (João 6: 36-37, MEV). .
Mesmo assim, é difícil ser cometido por um não crente. O pecado imperdoável é muito intencional; você não pode cometê-lo por acidente.
Os fariseus estavam diante de Cristo em carne. Diante de um óbvio milagre, eles teimosamente negaram a obra de Cristo. E, num esforço para negar uma obra óbvia de Deus, os fariseus blasfemaram descaradamente o que eles provavelmente sabiam ser divino, apesar de serem orgulhosos demais para o admitir. Além disso, as Escrituras não indicam se os fariseus haviam realmente cometido o pecado.
Quem comete o pecado imperdoável é tão contra o Espírito Santo que vão além da capacidade de se arrepender do pecado. O Espírito Santo convencerá apenas o pecador que tem a capacidade de se arrepender. Caso contrário, porque Ele os condenaria?
“ Mas já vos disse que também vós me vistes, e contudo não credes.
Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora ” (João 6: 36-37, MEV). .
Jesus nunca rejeitará quem vem a Ele. Esse versículo é verdadeiro mesmo quando contrastado com as principais escrituras desta seção. Como, então, reconciliamos as duas escrituras? Basicamente, quem vem a Jesus ainda não cometeu o pecado imperdoável.
Caso contrário, como sua promessa de nunca rejeitar alguém se mantém verdadeira?
Verdade: Jesus promete nunca rejeitar quem vem a Ele.
Verdade: Quem comete a blasfêmia do Espírito Santo é rejeitado.
Verdade reconciliada: Quem vem a Jesus ainda não cometeu o pecado imperdoável.
Conclusão: Jesus aceitará quem vier a Ele.
Sabemos que quem realmente cometeu a blasfêmia do Espírito Santo não tem a capacidade de ser convencido. Pois é o Espírito que convence (João 16: 8). Se alguém não tem a capacidade de ser convencido, ele também não tem a capacidade de se arrepender.
Portanto, se você está preocupado que cometeu o pecado imperdoável, não o cometeu.
Se alguma vez você se voltar para Cristo, Ele o receberá. Insisto: devemos comparar escrituras com as escrituras.
Em conclusão, a blasfêmia do Espírito Santo é um pecado da língua que pode ser cometido enquanto você ainda está vivo. É uma atribuição difamatória da obra do Espírito. Porém, por mais que se possa definir o pecado imperdoável, fica claro que, se você realmente cometeu esse pecado, não terá interesse no arrependimento nem medo de o cometer. O desejo de ser perdoado e o medo de o ter cometido são provas de que você não o cometeu. Quando as escrituras são comparadas às escrituras, descobrimos que Jesus nunca rejeitará ninguém. É assim que sabemos que é preciso deliberadamente ir além de um certo ponto para cometer o pecado imperdoável.
No entanto, é uma verdade muito sóbria.
Artigo original por David Diga Hernandez em : https://www.charismanews.com/opinion/58146-debunking-misunderstandings-of-the-unpardonable-sin
Fonte: https://artigoscristaostraduzidos.com
O significado da ressurreição para o antigo testamento
Postado em 27/085/2020
Mas o que a ressurreição de Jesus e sua autoidentificação como o Cristo têm a ver com a Bíblia? Tudo. O Antigo Testamento ensinava que a autoridade do Messias englobaria tudo, seria multifacetada, universal e absoluta. Ele dominaria todas as áreas da vida e da existência. Mas uma área em especial em que ele teria autoridade era no falar da parte de Deus Pai. Em outras palavras, ele seria profeta par excellence. Deus até mesmo disse que enviaria um profeta como Moisés e prometeu: “Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar” (Dt 18.18). Isso porque Jesus podia dizer algo ousado como: “Em verdade, em verdade, vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz” (João 5.19). E por isso João diria sobre Jesus: “Pois o enviado de Deus fala as palavras dele, porque Deus não dá o Espírito por medida” (João 3.34). O Cristo era também o Profeta, Aquele que revela perfeitamente quem é Deus e o que Deus diz. Entendendo isso, é surpreendente ver como Jesus – o Cristo, o Profeta, Aquele que tem perfeita autoridade para falar da parte de Deus – tratava do Antigo Testamento em todo o seu ministério. Tome, por exemplo, o relato de Lucas sobre o que Jesus disse a seus discípulos depois da ressurreição:
A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. (Lc 24.44)
Ora, os judeus frequentemente usavam um termo mais curto para se referir aos livros de seu Antigo Testamento: ou “a Lei, os Profetas e os Escritos” ou simplesmente “a Lei e os Profetas”. Assim, quando Jesus falou sobre “a Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos” (o livro dos Salmos representando os Escritos, como o maior livro dessa coleção) terem de ser cumpridos, estava endossando e ratificando a autoridade de todo o Antigo Testamento, do começo ao fim. (Incidentalmente, ele também definia o escopo do cânone do Antigo Testamento como os trinta e nove livros tradicionalmente reconhecidos pelos judeus.) Mas o testemunho de Jesus quanto ao Antigo Testamento vai ainda mais fundo. Não somente ele o considerava autoridade, como também disse que era a própria Palavra de Deus. Veja esta passagem de Mateus 19.
Vieram a ele alguns fariseus e o experimentavam, perguntando: É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo? Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. (Mt 19.3-6)
A história aqui é que alguns dos líderes de Israel estavam perguntando a Jesus sobre seu entendimento da Escritura. Está claro que eles não estavam muito interessados no que ele tinha a dizer; eles queriam era pegá-lo em uma armadilha para desacreditá-lo. Como ocorreu esse diálogo em si é fascinante, mas eu quero que você entenda que Jesus identificou o que dizia “Portanto, deixa o homem seu pai e sua mãe” como “aquele que os criou”. O interessante é que, se você olhar para trás, para Gênesis, notará que a frase não foi atribuída a Deus. Pelo contrário, é um comentário sobre essa situação pelo autor humano de Gênesis. Mas aqui está o ponto: Jesus entendia até mesmo as partes do Antigo Testamento nas quais Deus não estava falando como as palavras de Deus.
Podemos ver o mesmo em Marcos 12.36, onde Jesus cita um salmo escrito por Davi, mas inicia assim: “O próprio Davi, pelo Espírito Santo, declarou…” Veja só! Do começo ao fim, Jesus, o Messias, endossou e confirmou que toda palavra do Antigo Testamento era a Palavra de Deus e, portanto, era a verdade do começo ao fim. Foi esse o caso em seu ensino sobre Deus, e, de acordo com Jesus, era também o caso de suas reivindicações históricas. Em algum ponto nos quatro Evangelhos, Jesus fala e trata como historicamente corretas todas as pessoas e histórias do Antigo Testamento: Adão e Eva, Caim e Abel, Noé, Abraão, Sodoma e Gomorra, Isaque, Jacó, Moisés, o maná caindo no deserto, a serpente de bronze, Davi e Salomão, a Rainha de Sabá, Elias e Eliseu, a viúva de Sarepta, Naamã, Isaías, Jeremias, Zacarias e até Jonas sendo engolido por um peixe gigante. Ele cria em tudo isso em todos os detalhes. Isso é importante porque ele era o Cristo.
Ora, às vezes as pessoas tropeçam neste ponto dizendo: “Mas Jesus não corrigiu alguns lugares do Antigo Testamento? Ele não achava que alguns lugares estavam errados ou eram inadequados, e mandou seus seguidores crerem em outra coisa diferente?”. Bem, não. Havia ocasiões em que Jesus dizia coisas como: “Ouvistes o que foi dito… eu, porém, vos digo…”. Não temos tempo para examinar em detalhes essas ocasiões (você poderá encontrar explanações completas em qualquer bom comentário da Bíblia), mas precisamos reconhecer que, em cada um desses pontos, Jesus não estava corrigindo o Antigo Testamento. Ele estava corrigindo as tentativas erradas, falsas e até maliciosas por parte dos fariseus de fugirem do verdadeiro significado do Antigo Testamento ou de formularem exceções absurdas para si mesmos. Longe de corrigir o Antigo Testamento, Jesus estava realmente exercendo sua autoridade profética de rei, de dizer o que o Antigo Testamento realmente dizia em primeiro lugar, ou seja, reafirmando seu poder, sua autoridade e a verdade na vida dos israelitas. As- sim, ele explicou pouco antes de começar seu famoso Sermão do Monte: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” (Mt 5.17).
É claro que ainda haverá perguntas sobre a hermenêutica e a interpretação, como devemos entender isso e como isso se encaixa na vida cristã, as alianças e as dispensações e tudo o mais. Além disso, o Antigo Testamento apresenta suas próprias questões singulares no que diz respeito à transmissão, à canonização e à autoria, e você pode ler grandes livros escritos por acadêmicos cristãos sobre todos esses tópicos. Mas aqui há algo importante: por que todos esses grandes livros começam com a crença de que o Antigo Testamento é a Palavra de Deus? Porque Jesus, o Messias ressuscitado, disse assim. Portanto, nós cremos nisso.
Fonte: https://ministeriofiel.com.br/
FAZENDO PLANOS SEGUNDO VONTADE DO SENHOR
Provérbios 16:1
Postado em 11/07/2020
Esse verso é muito conhecido e citado, mas pouco praticado. Salomão nesse verso mostra o contraste entre o Senhor e o homem. Ele afirma o desejo humano de fazer e acontecer, mas entre o plano do homem está domínio do Senhor.
Penso que nesse começo de ano, você já traçou seus planos, afinal essa atitude traz motivação na vida. O senhor nos permite tal coisa faz bem.
Agora que precisamos e fazer nossos planos e colocar sob o altar do Senhor, para se pego de surpresas.
Nessa manhã quero com os irmãos aprender, porque resposta certa vem do Senhor.
1 O SENHOR AGE VISANDO UM PROPÓSITO DEFINIDO
A resposta do Senhor é certa, porque visa um propósito. Deus não faz nada apenas por fazer, cabe a nós entendermos isso. Salomão como um homem experiente e o que descobrir essa verdade. O Cristão também sabe que seus planos e desejo devem ser conferidos pelo Senhor. O Senhor dará resposta favorável, visando um propósito na vida de seu servo. Como Deus vai alguma coisa que tanto desejo que vai fazer mal.
Se Deus tem um propósito nos meus planos certamente a resposta virá, com finalidade certa. Hoje temos muitas pessoas forçando a barra com Deus com seus caprichos. Não devemos agir assim 2 Ts 1:11-12, Hb 6:7
2 O SENHOR NÃO AGE PRECIPITADAMENTE EM NADA
O Senhor dará resposta certa, porque não faz nada precipitado, todos nós agimos de forma precipitada, cometemos grandes erros por isso. Hoje tudo deve ser resolvido rapidamente, na podemos pensar, significa perder tempo. A maioria das pessoas quer tudo pra ontem, ainda afirmam.
O precipitar traz sérios problemas na vida profissional, sentimental, espiritual
Não temos paciência de esperar resposta do senhor, tomamos nossa própria decisão achando que estamos certos. Precisamos aguardar pelo Senhor. Saul perdeu o trono por ser precipitado. 1 Sm 13:12-13 Pv 19:2
Jesus não precipitou em nenhum momento Jo 2:4
Para nossa felicidade Deus não responde de forma precipitado.
3 O SENHOR AGE COM PERFEIÇÃO EM SEU CAMINHO
Deus é perfeito por isso sua resposta não pode ser diferente. Salomão descobriu também isso, devemos entender que ser bem sucedido aceitar vontade de um Deus perfeito. Deus não erro como explicar resposta de Deus que tornaram um erro na vida de alguns. Deus quis assim, eu busquei o Senhor, foi da vontade de Deus, não acredito.
Existe da nossa parte negligência insistimos em fazer nossa vontade é claro. O Senhor nunca mudará seus caminhos é perfeito. Pela sua perfeição não existe resposta errada. O homem por ser imperfeito deseja realizar seus desejos qualquer forma. Andar com Deus implica em perfeição. No Senhor não existe falha, nós é que somos muito pequenos diante dele. Gn. 17:1 2 Sm 22:31
4 O SENHOR AGE VISANDO O MELHOR PARA SEUS SERVOS
Sabemos que Deus quer o melhor para seus servos não temos dúvida. A vontade de Deus o tempo dele visa em conceder o melhor. O grande problema é que não colocamos em prática na vida. O que é ruim nós buscamos por nossa própria conta. Somos conhecedor de vários textos, cantamos letãs com essa mensagem, o difícil é conseguir entender essa verdade.
Muitas vezes pensamos que Deus nos esqueceu que não responde nosso pedido, pelo contrário, Deus está livrando de coisa ruim. Você já pensou se Deus nos tivesse concedido todos nossos pedidos. Hoje também, nós gostaria de livrar muitos deles. Is 1:19 Sl 84:11
Portanto não devemos deixar de fazer nossos planos. O que devemos é estar aberta a resposta do Senhor seja ela positiva ou negativa.
Pastor Zaru Cassiano
Fonte: http://www.estudodabiblia.com.br
A estrela ou o “escudo” de Davi e seu significado
Por Mário Moreno,
Postado em 27/03/2020
Nossa ajuda e nosso escudo
Por incrível que pareça, o uso da estrela de seis pontas como símbolo judaico tem apenas algumas centenas de anos. Para complicar ainda mais, em Hebraico a estrela não é chamada de “Estrela de Davi” e sim “magen david” מַגֵּן דָּוִד – o “Escudo de David”. Por que essa diferença é importante?
A palavra Hebraica para escudo, magen, significa literalmente uma cobertura de proteção. Em Gênesis 15, Deus faz um pacto com Abraão dizendo: “Não tenha medo Abraão, eu sou seu escudo (magen)”. Nos Salmos, encontramos outro uso da palavra relacionado com Deus feito pelo próprio David, repetindo várias vezes que apenas D-us é “nossa ajuda e nosso escudo” (magen), quem nos oferece segurança de verdade. Portanto, a “Estrela de David” é na verdade um símbolo da proteção Divina. A verdadeira força do Escudo de David só pode ser entendida no idioma Hebraico original. O idioma Hebraico explica e revela os verdadeiros significados dos símbolos, das festas e das tradições judaicas.
Vejamos de onde vem esta raiz
O verbo גנן (ganan) significa “cercar ou defender” (Zacarias 9:15, II Reis 19:34). O verbo ocorre cerca de oito vezes na Bíblia, mas seus derivados 120 vezes. De acordo com o dicionário, a ideia básica do verbo é “encobrir e, portanto, proteger do perigo”, e é usada apenas para descrever a proteção recebida de D-us. O mais cativante é que Isaías expressa isso quando ele diz a Ezequias que D-us protegeria Jerusalém como uma galinha e seus filhotes: “Como as aves voam, assim o IHVH dos Exércitos amparará a Jerusalém: ele a amparará e a livrará, e, passando, a salvará” (Is 31: 5).
As derivadas deste verbo são:
O substantivo masculino גן (gan), que significa “jardim”. Um jardim nos tempos bíblicos era visto como um terreno separado do mundo exterior, mas também um local de refúgio do calor do dia. O jardim serve figurativamente como uma mulher que protege suas virtudes (Cântico de Salomão 4:12) ou como um símbolo da posteridade nacional (Amós 9:14). O mais famoso de todos os jardins é, é claro, o jardim do Éden (Gênesis 2:15).
O substantivo feminino גנה (ganna), que é a versão feminina do substantivo anterior, também significa “jardim” (Jó 8:16, Isaías 1:30).
O substantivo masculino e feminino מגן (magen), que significa “escudo ou proteção” semelhante (Gênesis 15:1, Salmo 89:18).
O verbo מגן (magan), formado a partir do substantivo anterior e geralmente é traduzido como “entregar”. É usado quatro vezes: Gênesis 14:20, Provérbios 4: 9, Isaías 64: 6 e Oséias 11: 8.
O substantivo feminino מגנה (meginna). Este substantivo ocorre apenas uma vez, em Lamentações 3:65, na expressão “ânsia de coração”. BDB Theological Dictionary traduz este substantivo com “cobertura”. O Livro de Palavras Teológico HAW do Antigo Testamento traduz o mesmo no cabeçalho do artigo, mas insiste no corpo que significa “tristeza; tristeza do coração”; “uma figura de obstinação ou cegueira do coração“.
Então o que significa o “escudo de David” (também conhecida como “Estrela de David”?)
Em primeiro lugar vamos perceber que a palavra “magen” denota a proteção do Eterno com a figura de um “escudo”. Quando o Todo-Poderoso fala com Avraham sobre isso Ele está lhe dizendo que assim como um guerreiro protege a si mesmo e aos seus companheiros durante a batalha, o Eterno fará o mesmo com aqueles a quem Ele ama!
A transposição da raiz para “gan” – jardim – é fascinante, pois o Jardim do Éden nada mais é do que o lugar onde estão os “protegidos” do Eterno desfrutando de parte de seu prêmio – a vida eterna – até que os demais sejam para lá levados e então começará uma nova etapa na história da humanidade. O gan Éden não era somente o lugar para Adan desfrutar da sua beleza, mas era também o lugar onde o Eterno aparecia para conversar com ele. Então, um dos propósitos da “proteção” divina sobre nós é levar-nos a um patamar de segurança e intimidade com os céus; ali sob a proteção do Eterno podemos então falar com Ele em segurança!
Nós podemos afirmar que somos privilegiados por termos ao nosso redor uma “cerda de defesa” e o Adversário não pode ultrapassá-la para tocar em nossas vidas sem a permissão dos céus. Isso foi dito acerca de Jó: “Porventura não o cercaste tu de bens a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste e o seu gado está aumentado na terra” Jó 1.10. Esta é uma prerrogativa somente daqueles que vivem uma vida conectada com o Eterno através de Ieshua. A proteção é essencial quando estamos vivenciando um ambiente de hostilidade – principalmente durante a guerra.
Sabemos que estamos em guerra e isso está acontecendo a nível espiritual; nossa batalha acontece num contexto invisível e não somos capazes de nos defendermos sozinhos! Por isso temos a necessidade de que o Guarda de Israel nos proteja e nos guarde a cada dia! “Não deixará vacilar o teu pé: aquele que te guarda não tosquenejará. Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel. O IHVH é quem te guarda: o IHVH é a tua sombra à tua direita” Sl 121.3-5.
E a Estrela de Davi?
A “Estrela da Davi” – também conhecida como “Magen David” tem diversos significados, mas o que desejo destacar aqui é a sua conotação num nível mais elevado: a proteção do Messias sobre nós.
Então – poderemos nos perguntar – qual é a relação da Magen Davi com o Messias? A relação é estreita, profética e une o passado, presente e futuro.
O início desta relação nos mostra que a Estrela de David – segundo a tradição judaica – estava presente nos escudos dos valentes de Davi em suas batalhas. A relação com a “defesa” é nítida aqui e quando tomamos a palavra “David” em hebraico temos a somada das letras que nos dá o resultado de 14.
Então vamos até a genealogia de Ieshua em Mateus 1.17: “De maneira que todas as gerações, desde Abraão até David, são catorze gerações; e, desde David até a deportação para a Babilônia, catorze gerações; e, desde a deportação para a Babilônia até o Ungido, catorze gerações”. Vemos que na genealogia de Ieshua temos a conexão feita com a aparição do “14” três vezes. Isso liga Ieshua a Davi mas também mostra o cuidado do Eterno – sua proteção ao seu povo – para que essa conexão pudesse acontecer. A conexão começa no Gan Eden com Adan e chega a Ieshua. Essa conexão fica clara na genealogia de Lucas onde começa com Ieshua e termina com o Eterno e isso está expresso em Lc 3.23-38.
Ieshua foi chamado de “Ben David”, ou seja, o descendente de Davi teria a função de estabelecer o Reino prometido ao seu antecessor e também proteger o seu povo contra os inimigos. Isso ocorrerá na batalha do fim dos tempos quando Ieshua se manifestar como “Ben David” – Filho de David – e esmagar os inimigos de Israel, levando assim a nação a entrar no milênio cumprindo as profecias concernentes a essa época!
Então, quando olhamos para uma “Estrela de David” o que devemos ver? Não somente um símbolo que nos conecta a Israel, mas também um sinal de que a pessoa que a carrega estará dizendo que se conecta às 12 tribos de Israel e também que ela crê na vida do Rei Messias como Ben David que virá para reinar em Jerusalém conforme a promessa do Eterno: “Também confirmarei o trono do teu reino, conforme o concerto que fiz com Davi, teu pai, dizendo: Não te faltará varão que domine em Israel” II Cr 7.18.
Conclusão:
A proteção do Eterno é vista em todo o mundo na vida daqueles que o servem como também através de símbolos que quando vistos e entendidos em sua plenitude demonstram que aquela pessoa não somente é temente aos céus como também aguarda pela Redenção final que virá com a Vinda de Ieshua, agora como Ben David, o Messias Guerreiro! Que possamos trabalhar para que este dia venha logo e possamos desfrutar da plenitude da Redenção em Ieshua!
Baruch há Shem!
Por Rav. Mário Moreno, fundador e líder do Ministério Profético Shema Israel e da Congregação Judaico Messiânica Shema Israel na cidade de Votorantim. Escritor, autor de diversas obras, tradutor da Brit Hadasha – Novo Testamento e conferencista atuando na área de Restauração da Noiva.
*O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor
Fonte: https://guiame.com.br
COMO RECONHECER O SEU DOM
Por Rev. Paulo Gérson Uliano
Postado em 06/01/2020
Temos como desafio para hoje entender o caminho para termos experiências práticas com o dom ou os dons que o Senhor nos deu. Ele deseja que o sirvamos, promovendo a edificação de sua igreja. Queremos desafiá-lo a descobrir o seu dom. Caso você já o conheça, mas sabe de um irmão no Senhor que ainda tem dificuldade de entender este tema, propomos que você se disponha a auxiliá-lo. Para tornar o estudo mais prático, apresentamos quatro perguntas fundamentais para atingir o objetivo proposto.
1. A quem se destina os dons? A partir do novo nascimento, o crente passar a ter o Espírito Santo habitando em seu corpo (Rm 8.9-11). Segundo o ensinamento de Paulo, o Espírito manifesta ou torna claro “a cada um” a experiência dos dons espirituais para algo que lhe é útil (1 Co 12.7). Isto significa que todos os crentes devem exercer um ou mais dons para o serviço da igreja.
2. Qual a necessidade de conhecer seu dom? A partir do momento que passamos a integrar o Corpo de Cristo (1 Co 12.12-31), precisamos tomar conhecimento de duas necessidades básicas, que veremos a seguir: a) Identificar o que sou no corpo: (mão, pé, boca...), e a partir deste entendimento saber o que devo fazer para sua edificação. Já imaginou se nossa mente não soubesse que função dar à mão, ou a qualquer outro membro de nosso corpo? b) Verificar se estou exercendo adequadamente meus dons no corpo: Paulo nos ensina que Jesus é a cabeça da igreja, e ele dá orientação a cada membro do corpo, para que este possa funcionar de forma natural e coerente. Quando um membro deixar de exercer adequadamente sua função, todo o corpo sofre. É só observar uma pessoa que esta com dor de dente (uma parte tão pequena do corpo). Certamente esta pessoa sofre com isso. Deus deseja que sua igreja se desenvolva de forma sadia, e para isto o crente deve não somente saber qual o seu dever, mas exercê-lo.
3. Quais as dificuldades para compreender o dom? Existem alguns obstáculos que nos impedem de identificar o dom que o Senhor nos tem concedido.
a) A falta de comunhão com o Senhor, que prejudica o conhecimento e a prática das Escrituras.
b) A falta de visão dos objetivos que Deus tem para a igreja local. O Novo Testamento mostra que a comunidade cristã deve ser composta de crentes que sejam capazes de dar e receber (exemplo: Ef 4.1-16). A falta de compreensão deste desejo do Senhor impede que identifiquemos os melhores dons, e consequentemente deixemos de suprir as carências de nossa comunidade. Não existe a ideia de competição mas de cooperação e interdependência.
c) A falta de conhecimento sobre os dons espirituais apresentados nas Escrituras: como eles foram usados pelos primeiros crentes, quais os seus objetivos e quais as implicações de conceitos errados sobre eles.
d) A falta de uma verdadeira experiência com o Senhor. Lembramos que caso você ainda não saiba qual é o seu dom, é importante analisar se realmente já experimentou a salvação. Se você tem dúvidas, e gostaria de mais orientação, sugerimos que procure alguém que demonstre uma verdadeira experiência com Deus para ajudá-lo.
4. Quais os passos para conhecer seu dom? Deus oferece alguns recursos para que identifiquemos os dons espirituais. Certamente o convívio dinâmico com o Espírito do Senhor nos ajuda a reconhecer os dons que ele nos dá. Deus deseja andar conosco, transformar nossos comportamentos errados, revelar a sua vontade quanto ao exercício e desenvolvimento de nossa capacidade para servi-lo. Não podemos ignorar que o Espírito Santo usará a própria Palavra de Deus para realizar as transformações na nossa conduta. Quando Jesus usa a figura da videira em João 15, ele afirma que sua Palavra é o agente que limpa o nosso ser. As Escrituras são o recurso mais eficaz para compreendermos o caminho que temos de seguir para a formação dos valores da nossa nova natureza. Ela é “lâmpada” eficaz para iluminar os nossos pés e “luz” ideal para clarear nosso caminho (Sl 119.105). Em conjunto com estes passos, a comunhão como Espírito Santo e a Palavra, temos que buscar com zelo a santidade, para que através da pureza, Deus use os vasos de barro para a sua própria glória.
Envolvimento: comece a experimentar diferentes ministérios e depois você descobrirá os seus dons! Até que comece realmente se envolver no serviço, não vai saber no que você é bom mesmo lendo todos os livros já publicados você ainda poderá ficar confuso sobre o que é dotado para fazer. Podemos, após este estágio da vida cristã, entender claramente quais são os melhores dons, aqueles que são relevantes para a edificação do Corpo de Cristo. A partir daí, e em submissão ao Senhor, buscá-los através de oração e jejum.
Conclusão. Entendemos que o estudo de hoje deve ser um incentivo para um aprofundamento sobre este importante exercício da vida cristã. Paulo, escrevendo aos coríntios, disse que não queria que eles fossem ignorantes respeito dos dons espirituais (1 Co 12.1). Sabendo a quem são destinados os dons, como fazer para identificar quais nos goram dados pelo Senhor, e o que devemos fazer com eles, sirvamos adequadamente a Deus, para honra e glória de seu santo nome.
Autor: Luciano P. Subirá
Fonte: https://www.ipbindaiatuba.org.br/
O Que Significa a Coroa da Vida?
Por: Daniel Conegero
Postado em 04/10/2019
A coroa da vida é um símbolo do reconhecimento da vitória sobre a morte que os crentes receberão por ocasião da vinda do Senhor Jesus. A coroa da vida não fala de qualquer tipo de vida; mas da vida de glória na eternidade junto de Deus.
A igreja de Esmirna recebeu de Jesus a reconfortante promessa: “Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2:10). Essa promessa ecoa as palavras escritas por Tiago sob a inspiração do Espírito Santo: “Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam” (Tiago 1:12).
O simbolismo da coroa na Bíblia
A palavra “coroa” não apenas serve como símbolo de realeza; mas também é empregada com freqüência na Bíblia no sentido figurado como símbolo de vitória. No Novo Testamento, a palavra mais comum para “coroa” é o grego stephanos.
Quando esse termo é aplicado para se referir ao prêmio que será concedido aos verdadeiros servos de Deus na bem-aventurança eterna, os escritores bíblicos usam como referência as coroas de flores ou grinaldas de folhas que eram entregues aos vencedores de competições atléticas.
Esse tipo de coroa não possuía algum valor em si mesmo. Antes, seu valor consistia justamente no reconhecimento da vitória que ela simbolizava. Era algo semelhante aos troféus e medalhas que os esportistas atuais recebem quando alcançam a vitória numa competição.
É com essa ideia como pano de fundo que os escritores bíblicos falam das coroas que os crentes receberão na vida por vir, tais como: a coroa incorruptível (1 Coríntios 9:24,25); a coroa da justiça (2 Timóteo 4:8); a coroa da glória (1 Pedro 5:4); e a coroa da vida (Tiago 1:12; Apocalipse 2:10).
Essas coroas, porém, não devem ser entendidas como glórias distintas e separadas a serem recebidas pelo cristão quando Cristo voltar. Na verdade cada uma delas enfatiza algum aspecto da vitória plena e absoluta desfrutada pelos crentes por causa da obra e dos méritos de Cristo. Johannes G. Vos explica esse conceito dizendo que a “coroa da vida” enfatiza a ideia da vitória sobre a morte, enquanto a “coroa da justiça”, por exemplo, enfatiza a ideia da
Dar-te-ei a coroa da vida
A promessa acerca da coroa da vida certamente teve um significado muito especial para os crentes de Esmirna. Eles formavam uma comunidade cristã que foi duramente perseguida por causa de sua fé.
Os crentes daquela cidade foram submetidos a grandes tribulações. Essas tribulações não significavam apenas necessidades materiais e dificuldades sociais, mas também incluíam o aprisionamento dos crentes e até a possibilidade do martírio (Apocalipse 2:10). Por isso escutar a promessa de garantia da coroa da vida era algo realmente reconfortante para eles.
Muitos comentaristas sugerem que há um paralelo entre a expressão “coroa da vida” e o desenho geográfico e arquitetônico da cidade que lembravam uma coroa. Além disso, a deusa Cibele, padroeira de Esmirna, tinha sua imagem estampada em moedas retratada com uma coroa.
Tudo isso era um tipo de coroa que expressava a glória de uma sociedade decaída. Mas aos crentes verdadeiros daquela cidade, Cristo prometeu lhes entregar a verdadeira coroa: a coroa da vida; isto é, a vida plena e bem-aventurada ao seu lado na glória eterna. Eles poderiam ser martirizados na terra, mas seriam coroados na eternidade. Eles poderiam morrer neste mundo, mas não experimentariam o terrível julgamento da segunda morte (Apocalipse 2:11).
A coroa da vida é dada por Cristo
Também é importante entender que a coroa da vida não é uma conquista do esforço humano, mas é concedida aos crentes com base nos méritos de Cristo. Foi Ele quem conquistou a morte (Apocalipse 1:18); e é por Ele que Deus nos dá a vitória (1 Coríntios 15:54-57).
Os crentes só podem ser vitoriosos na maratona da fé por causa de Jesus, o Autor e Consumador da fé (Hebreus 12:1-3). Eles só podem ser fieis até a morte e receber a coroa da vida por causa da dignidade de Cristo; e por que é o próprio Senhor quem os mentem firmes até o fim (1 Coríntios 1:4-8).
Portanto, a coroa da vida é fruto das bênçãos da salvação concedida graciosamente por Deus em Cristo; não apenas aos crentes de Esmirna, mas aos crentes de todas as épocas e lugares que guardam com fidelidade a sua Palavra.
Fonte: https://estiloadoracao.com/
VENCENDO O MAL CHAMADO ORGULHO ( Jr 9.23,24)
Por Pr. Silvano Doblinski (Com adaptações de Francisco Jorge)
Postado em 25/08/2019
Quando aceitamos a Jesus como Salvador o Espírito Santo começa a agir em nossa vida, nos transformando e mudando o nosso caráter e nos libertando dos vícios da nossa carne. Abrimos mão do velho homem com suas paixões carnais e tendências mundanas, e nos apropriamos do novo homem espelhado em Cristo Jesus.
E combatemos todos os dias para que a velha natureza não venha nos dominar com seus males.
E um desses males perigoso da nossa velha natureza é o orgulho. Parece um mal menor, mas isso tem arruinado a vida de muitas pessoas.
I- Mas, afinal, o que é o orgulho?
- É o amor próprio exagerado.
- É o senso de superioridade pessoal.
- É arrogância.
- É soberba.
- É presunção.
- É ostentação.
- É vaidade.
Foi o pecado do orgulho que fez Lúcifer cair e perder o seu lugar de honra no Céu.
(Ez. 28.17) - Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti.
(Is. 14.12-14) - Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva. Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações.
E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte.
Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.
II- Exemplos Bíblicos de vidas que foram acometidos desse mal.
1- Faraó – com a sua arrogância.
2- Naamã – Não querer mergulhar no rio Jordão.
3- O Rei Uzias – Exaltou-se o seu coração até se corromper.
4- O Rei Nabucodonozor – Ao se exaltar e não dar glória a Deus.
5- O Rei Herodes – O povo clamava: Voz de Deus, e não de homem. Deus o feriu e foi comido de bicho, porque não deu glória a Deus.
III- O Orgulho é um mal que Deus abomina.
(Pv. 21.4) - Olhar altivo, coração orgulhoso e até a lavoura dos ímpios são pecado.
Is.2.12- Porque o dia do Senhor dos Exércitos será contra todo o soberbo e altivo e contra todo o que se exalta, para que seja abatido.
a) - O próprio orgulho do homem leva ele a queda.
(Pv. 29.23) - A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra.
(Pv. 16.18) - A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.
b) O orgulhoso se considera melhor que seus semelhantes.
- É o caso da parábola do fariseu e do publicano (Lc. 18.9-14).
(Fp.2.3) - Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.
c) Muitas vezes erramos com nosso irmão,e o orgulho nos impede de pedir perdão, e de nos acertarmos com nosso irmão.
(Mt. 5.23,24) - Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti.
Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta.
(Tg. 5.16) - Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.
d) Muitas vezes o servo de Deus comete um pecado
- E por causa do orgulho, ele não confessa e endurece o coração.
- Prefere pagar um preço alto, arruinando a sua carreira cristã do que se humilhar e acertar a sua vida co Deus.
(I Jo. 1.9) - Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
e) Muitas vezes escondemos as nossas falhas por causa do orgulho.
- O orgulho tem sido o mal de muitos casamentos.
- O orgulho tem afetado muitos relacionamentos de família.
- O orgulho tem prejudicado muitos no emprego.
- O orgulho tem feito muitos crentes fazerem obras de palha.
(I Co. 3.13) - A obra de cada um se manifestará; na verdade, o Dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.
f) O orgulho faz o crente se afastar da comunhão com Deus e da comunhão com a igreja, também.
(Tg. 4.6) - Antes, dá maior graça. Portanto, diz: Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes.
- As bênçãos de Deus deixam de ser derramadas sobre o orgulhoso.
- Mantendo esse comportamento o orgulhoso só tem perder com Deus.
IV - O orgulho precisa ser vencido diariamente.
- Por causa do orgulho deixamos de conversar com o nosso irmão.
- Por casa do orgulho deixamos de cumprimentar o irmão.
- Por causa do orgulho muitos crentes até faltam aos cultos.
a) Tenho uma palavra para você: O céu é dos humildes.
(Mt. 23.12) - E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que si mesmo se humilhar será exaltado.
(Tg. 4.10) - Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.
A prática da humildade é a solução para vencermos esse pecado maldito e alcançarmos a promessa do Reino dos Céus.
- Não se exalte pelo cargo que você tem.
- Não se exalte pela função que você exerce na igreja.
- Não se exalte por Deus te usar na sua obra.
- Muitas vezes ficamos enciumados porque o nosso irmão está fazendo um trabalho que nós achamos melhores do que ele para fazer. Mas Deus o quer usar por causa da sua humildade, não por causa da sua competência.
- Cuidado para você não valorizar excessivamente suas virtudes.
- Use o antídoto da humilhação pessoal diariamente.
- Precisamos ser humildes de verdade, esvaziando-nos de nós mesmos.
(I Pe. 5.6) - Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte.
- Deus nos dá uma pequena porção da sua Unção, para nos testar, se formos fiéis no mínimo, Ele nos dará coisas maiores.
- O caminho para subirmos é para baixo.
Conclusão: Ore regularmente ao Senhor por proteção.
- Considere o valor das outras pessoas.
- Crucifique o seu ego – os desejos
(Gl. 5.24) - E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
- Não discrimine as pessoas, mantenha comunhão.
- Não busque uma super auto valorização.
Fonte: https://www.adjabaquara.com.br
A Esperança em Deus: 14 Aspectos Bíblicos
Por Diego Nascimento
Postado em 16/07/2019
A palavra esperança na bíblia possui várias versões nos textos originais, tanto no hebraico quanto no grego, mas os estudiosos concordam com a seguinte definição:
ESPERANÇA Virtude cristã que opera como recurso mental e espiritual para fazer frente ao futuro. Ao estar centrada em Deus, Senhor de todas as instâncias da vida e em quem se encontram graça e misericórdia (Sl 31:24; 33:20; 39:7; 42:5), a esperança permite ao cristão enfrentar com otimismo e segurança o que está por acontecer. A esperança em Deus, mediante Jesus Cristo, adquire maior profundidade, força e direção graças à participação do Espírito Santo (Rm 5:2–5; 8:20–25; 15:13; Cl 1:27; Hb 11:1). O amor e a fé são virtudes que devem estar permanentemente unidas à esperança (1 Co 13:13). (1)
Ou seja, é uma virtude determinante na vida do cristão. Por isso, neste estudo bíblico, quero analisar com você os diversos aspectos do tema apresentados no Novo Testamento.
Sendo assim, amarre os cintos. Fique confortável. E “BORA!”
A Expectativa e Fé na Glória de Deus
Paulo estava seguro. Convicto. Sua satisfação, louvor, estava em gloriar-se na expectativa da glória de Deus (Romanos 5:2,5). No fato de Cristo preparou para os seus irmãos um Reino Eterno, diante do trono de Deus e aí viveremos para sempre.
Além disso, ele estava certo de que não seria decepcionado. Não era um conto de fadas, mitologia ou invenção da mente humana. Para Paulo, Jesus estava falando sério, quando disse: “Vou e volto”.
Devemos Nos Alegrar
Não é nada fácil viver na Terra. Estamos cercados por muitas lutas, tribulações e dores. Há muitos de nós que a vida inteira tem sido assim. Mas as Escrituras nos exortam a nos alegrar na expectativa da promessa.
Devemos nos alegrar naquilo que o Senhor Deus prometido por meio de Sua Palavra. São palavras eternas, que nunca falharão (Romanos 12:12).
Quando as muitas cercarem sua alma e quiser abater sua alma, alegre-se na esperança. Tire seu olhar do presente e coloque no futuro. Naquilo que alegra seu coração e lhe motiva a continuar lutando.
Mas se por algum motivo você não tiver nenhuma reserva de expe, coloque seu olhar em Cristo.
As Escrituras Sustentam
Ao longo da vida podemos nutrir a expectativa de várias coisas boas: casamento, família, filhos, condição de vida saudável, conforto, enfim. Trabalhamos, estudamos e nos preparamos, todos os dias com o objetivo de que a nossa perspectiva se torne realidade. Isto com relação a vida aqui na Terra.
Mas quando somos expostos a revelação da glória de Deus, percebemos que há muito mais do que podemos imaginar do que é a existência humana.
Quem alimenta e sustenta nossa fé, no Reino de Deus são as Escrituras Sagradas (Romanos 15:4). Devemos nos apegar a ela e conhece-la bem. Porque tudo o que foi escrito, foi escrito para nos ensinar e alimentar nossa fé nas promessas.
Servimos ao Deus de Esperança
O Senhor Deus é conhecido por muitas qualidades e chamado por muitos nomes:Rapha, Elohim, Amor, etc. O apostolo Paulo acrescenta outro nome a galeria: o Deus da esperança (Romanos 15:13). Eu particularmente amo!
O mundo está atualmente cheio de muita má notícia, desgraça, calamidades. As pessoas estão cada vez mais, sem expectativa de que as coisas realmente vão dar certo por aqui.
Viver junto ao Deus de esperança, nos alimenta, revigora, anima. A mensagem dele para nossa alma, é a de que podemos crer e esperar boas coisas aqui e muito mais ainda, na revelação final de Seu Filho Jesus.
A Expectativa da Justiça
A esperança da justiça de Deus não é ministrada a nós, por meio das nossas obras, mas sim, por meio da graça de Deus e do Espírito Santo. É fato, que precisamos viver em santificação e honra, mas não há nada que possamos fazer para merecer a justiça de Deus.
Os que buscam, por suas próprias obras alcançar as promessas de Deus para o Reino de Deus, se frustrarão. Paulo diz que eles “separaram-se de Cristo; caíram da graça…” (Gálatas 5:4,5).
Devemos Permanecer Firmes
Somos exortados a permanecer firmes na expectativa, isto é, precisamos levar o Evangelho de Jesus a sério (Colossenses 1:22,23). Há muitos cristãos que tratam as verdades espirituais com desdém, desinteresse e acabam se afastando de Cristo.
Estão na Igreja, muitas vezes, mas longe de Cristo.
Devemos permanecer “alicerçados e firmes na fé”, isto é, nossa vida deve ser edificada sobre as promessas de Deus na revelação de Jesus Cristo. E nisto, devemos permanecer até o fim.
Cristo é a Esperança da Glória
Toda esta expectativa está fundamentada, garantida por Cristo (Colossenses 1:27). Ele é o cabeça do corpo, que é a Igreja, Rei de Reis e Senhor de senhores. O Alfa. O Ômega. O Princípio. O Fim. Nossa fé e paciência, devem começar e terminar em Jesus.
A revelação do Senhor Jesus é o maior presente que o Senhor poderia nos dar. Ele quer habitar em nós, por meio do Espírito. Abra sua alma, seu espírito para receber a presença do Rei Jesus e ser cheio de Sua bondade.
Muitos Estão Já Perderam
Bilhões de pessoas neste momento estão sem esperança alguma em Cristo. Por não o conhecerem, elas vivem vazias e sua expectativa não passa dessa vida. Não sabem para onde vão quando forem assaltadas pela morte. Não sentem segurança em falar sobre o assunto, porque preferem ignorar, pensar que estarão em um bom lugar ou que tudo não vai dar em nada (1 Tessalonicenses 4:13).
Estão sem esperança.
Somos exortados a não agir ou viver como estas pessoas. Não devemos viver de maneira triste, como elas. Paulo cita a ignorância como um dos fatores. Elas não buscam conhecer a Deus ou relacionar-se com ele.
Não é assim que devemos agir. Devemos nos aproximar, dia-após-dia do Senhor para que sejamos cheios de sua vida e graça.
Deve Guardar Nossa Mente
O Espírito Santo nos mostra por meio dessa escritura que a esperança deve guardar a nossa mente (1 Tessalonicenses 5:8). Este é um campo pelo qual o Diabo luta constantemente. Se ele entrar e dominar nossa mente, tenha certeza que ele vai usar o espaço para infernizar você e sua alma.
Proteja sua mente com as promessas do Senhor. Encha sua mente com a palavra e com a bondade de Deus. Não haja com passividade enquanto o adversário enche sua mente com pensamentos e intenções que podem destruir sua vida.
Haja ativamente e proteja sua mente com a expectativa daquilo que o Senhor está fazendo e tem para fazer em sua vida.
É Algo Vivo
Nossa esperança é viva!
Mais uma vez, o Espírito Santo faz questão de deixar claro que não se trata de um mito, uma fábula. Nossa expectativa está assegurada em Deus por meio de Jesus e sua ressurreição (1 Pedro 1:3,4).
Precisamos Compartilhar
Muitos cristãos tem estado em silêncio acerca de sua fé. Tantas pessoas se perdendo, famílias destruídas, enquanto somos abençoados e felizes. Precisamos compartilhar a bondade de Deus com as pessoas que nos cercam, de alguma forma (1 Pedro 3:15).
Seja orando, intercedendo, sendo gentil.
As pessoas observam nosso estilo de vida e querem saber porque agimos, como agimos. Neste ponto, Pedro diz que precisamos saber responde-las. Apresentar-lhes a razão da nossa fé.
Como fazer isso?
Fale sobre como o Senhor Jesus tem cuidado de você, da sua alma. Compartilhe milagres físico, espirituais ou emocionais. Não precisa ser algo FABULOSO, as pessoas só querem saber se Deus se importa.
Nos Leva a Santificação
Somos levados pelo Espírito Santo a um estilo de vida superior, por causa da expectativa que tem sido plantada dentro de nós (1 João 3:3). Pessoas que se dizem cristãs, mas vivem dissolutamente em libertinagem e pecado, não fazem parte dessa expectativa.
João deixa muito claro, se esta expectativa está dentro de nós, tudo em nós muda. Caráter, intenções e estilo de vida. Somos purificados, para ser parecidos com ele.
Não Deve Estar Nas Riquezas
Um grande número da população mundial acredita que seria feliz, caso fosse rica. O dinheiro é bom, é uma ferramenta que sendo bem utilizada serve para a glória de Deus. Mas quando é adorada, nos conduz ao inferno.
Somos exortados pela Escritura Sagrada, a não colocar nossa expectativa de felicidade nas riquezas desta Terra (1 Timóteo 6:17). Se o Senhor Deus acrescentar sabedoria e conhecimento a sua vida, provavelmente a riqueza virá de maneira natural.
Mas ela não deve ser a nossa esperança.
Deve Ir Além
Por fim, somos exortados a não esperar que Cristo seja provedor, escudo e proteção, apenas nesta Terra (1 Coríntios 15:19). Jesus não é o gênio da lâmpada do Aladim, nem o Senhor Kaioh.
Ele é bom e Todo Poderoso, mas está apenas para nos dar o que queremos. O Senhor que ao olhar para Ele como Pai, tenhamos a perspectiva correta.
Vamos nos entregar ao Senhor por inteiro. Que todo o nosso desejo e anseio estejam nele. Vamos deixar que Ele acrescente a nossa vida, tudo que estiver dentro de sua vontade, quer nesta vida quanto na outra.
Fonte: https://www.jesuseabiblia.com
COMO PERMANECER FIEL DIANTE DO FOGO ARDENTE?
Daniel Capítulo 3
Por Pr Ronaldo Franco
Postado em 03/05/2019
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego enfrentaram pressões ainda mais forte que a maioria dos crentes de hoje enfrentam, no entanto, permaneceram em pé diante do mundo, diante do rei daquele mundo e, principalmente, diante das duras provações. Como conseguiram?
1. ELES NÃO SE IMPRESSIONARAM COM O GLAMOUR DESTE MUNDO
Por mais impressionante que fosse a gigantesca estátua de ouro de Nabucodonozor, por mais majestosa que fosse sua orquestra, por mais linda que fosse sua cerimônia de auto-exaltação, aqueles homens sabiam que a glória dos ímpios passa. Sempre passou e sempre passará.
- Que foi feito da estátua de Nabucodonozor?
- Que foi feito da glória de tantos “imortais” que este mundo já teve?
- Que foi feito da riqueza de tantos impérios que este mundo já estendeu?
- A beleza passa. A riqueza passa. A fama passa. O mundo passa.
- Somente o que é eterno permanece.
- Somente a palavra de Deus permanece para sempre.
Como permanecer fiel diante do fogo ardente?2. ELES TINHAM AMIGOS FIÉIS
Nesta caminhada cristã, precisamos cultivar os amigos fiéis a Deus. Pessoas que permanecem em pé ao nosso lado, nos ajudando a não ceder às pressões.
A maioria de nós que não terá mais que dois ou três deste calibre, mas devemos valorizá-los, pois são presentes de Deus.
Devemos santificar estas nossas amizades, não permitindo que o pecado – fofoca, malícia, inveja, ciúme etc. – venha corrompê-las.
“Há amigos que são mais amados que irmãos”.
Como permanecer fiel diante do fogo ardente?
3. ELES TINHAM UMA PERSPECTIVA CORRETA DA VONTADE SOBERANA DE DEUS
O Senhor Nosso Deus salvou Sadraque, Mesaque e Abede-Nego da fornalha, mas não salvou Estevão do apedrejamento.
O mesmo Deus, agindo de forma diferente em situações aparentemente iguais.
Como poderia a nossa mente finita entender a mente infinita de Deus?
Pegue um exemplo humano para tentar entender esta dificuldade: Será que os primeiros computadores teriam condições de analisar o desempenho dos computadores atuais?
Aqueles servos de Deus disseram: “Se Deus quiser, ele irá nos salvar….”.
Eles não eram adeptos deste positivismo barato que invadiu as nossas igrejas, que afirma que Deus é obrigado a nos salvar, livrar, curar, abençoar etc.
Eles confiavam na soberana vontade de Deus, fosse para salvar, fosse para permitir o sofrimento.
Se Deus os salvassem, amém! Se os deixasse morrer queimado, amém também!.
Deus sabe todas as coisas e quem serve a Deus deve respeitar a Sua vontade soberana.
Como permanecer fiel diante do fogo ardente?
4. ELES TINHAM FÉ E INABALÁVEL CONVICÇÃO
Fizesse o que fizesse, as [reais] ameaças do rei não abalaram a sua fé e devoção a Deus.
Eles tinha convicção que deveriam adorar somente a Deus, e JAMAIS iriam se dobrar diante daquele rei.
Tinham fé que o Deus que serviam era o único verdadeiro.
Tinha convicção do que deviam fazer – ou deixar de fazer.
Como permanecer fiel diante do fogo ardente?CONCLUSÃO
Como resistir a tantas ameaças e pressões:
1. Não se deixe impressionar com o glamour deste mundo.
2. Tenha amigos que o ajudam a resistir às pressões e ameaças.
3. Tenha uma perspectiva correta da vontade soberana de Deus.
4. Eles tinham fé e inabalável convicção.
Deus seja louvado.
Fonte: https://www.sitedopastor.com.br
Como encontrar descanso para a sua alma
Mateus 11.28-30
Por Rev. Hernandes Dias Lopes
Postado em 28/03/2019
1) Mateus capítulo 11 revela-nos quatro retratos distintos de Cristo:
1. Jesus, o juiz que repreende – v. 21 – Jesus tinha realizado grandes milagres em Corazin e Betsaida, mas o povo reagiu com indiferença à mensagem e às obras de Cristo. Jesus, então, os repreende com palavras severas de juízo e condenação. Ilustração: Um juiz na India estava indo para a coorte quando viu uma criança brincando sobre os trilhos de um trem que se aproxima. Ele correu e salvou o menino da morte iminente. Mas seguiu para a coorte e condenou um assassino à morte. Num pequeno espaço de tempo este calheiro foi tanto salvador como juiz.
2. Jesus, o Filho que se alegra – v. 25 – Jesus mostra aqui a inescrutável sabedoria de Deus que oculta as verdades do evangelho aos sábios e entendidos deste mundo e as revela aos pequeninos. No Reino de Deus quem não se fizer como uma criança jamais poderá entrar no céu.
3. Jesus, o Deus feito carne que revela o Pai – v. 27 – Jesus mostra aqui, que ele é Deus. Ele é o criador do universo, o Rei imortal, que veio para nos revelar quem é Deus.
4. Jesus, o Deus redentor que oferece descanso para a nossa alma – v. 28-30 – Essas palavras tem trazido calma, cura e salvação para milhões de pessoas aflitas ao longo dos séculos. Aqui nós temos a oferta do Evangelho:
I. O CONVITE DE JESUS – V. 28
Ninguém no universo tem autoridade e competência para fazer esse convite.
Observe que você não está sendo convidado para analisar uma denominação, uma igreja, uma doutrina, mas você está sendo convidado para um encontro e uma experiência com Cristo.
Os fariseus diziam: Façam! Mas a verdadeira salvação é encontrada somente em uma Pessoa. Na Pessoa de Jesus Cristo.
1. Encontro com Cristo – “Vinde a mim”
Esse convite é dirigido a todos indistintamente. Esse convite é aberto a todos os que estão cansados e sobrecarregados com o peso do pecado ou o peso do legalismo.
Esse convite não é discutir sobre Cristo, mas para um encontro com Cristo. Não é religião. Não é moralidade. Não é rito religioso. Não é caridade. Não é misticismo. Não é legalismo. Não é fuga da realidade. É um encontro com aquele que é a vida, a paz, a alegria, a salvação.
Vir a Cristo significa confiar nele. Entregar-se a ele.
2. Experiência com Cristo – “Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei”.
Há milhares e milhares de pessoas que são controladas pelo pecado. Vivem sob a opressão do medo, do vício, do pecado.
2.1. A escravidão do pecado – “Todos vós que estais cansados”. O pecado cansa. O pecado é um fardo. O pecado destrói as pessoas. O pecado é um fardo esmagador. Muitas pessoas não aguentam mais conviver com seus vícios. São escravas. São cativas. Estão carregando um peso cruel sobre as costas.
2.2. O peso do pecado – “… e oprimidos”. O Peregrino ao ver a cruz, seu fardo caiu de suas costas e ele ficou livre. Quando vamos a Jesus encontramos descanso para a nossa alma. Jesus oferece não apenas descanso espiritual, mas descanso físico, mental e emocional. “Deixo-vos a paz e a minha vos deu”.
II. A EXIGÊNCIA DE JESUS – V. 29
Relembre que Jesus foi um carpinteiro em Nazaré. Certamente ele fez muitas cangas para colocar debaixo do mesmo jugo os animais de trabalho. Ao usar essa metáfora, Jesus está nos falando sobre duas coisas. Esta obrigação é para:
1. Aceitar um relacionamento com Cristo – v. 29 – “Tomai sobre vós o meu jugo”.
Há muitas pessoas que buscam se deleitar nos benefícios do evangelho, mas sem compromisso de um estreito relacionamento com Cristo. Eles desejam conhecer a paz, o perdão, o poder e propósitos em suas vidas, mas não querem compromisso com Jesus.
Eles não entendem que não há cristianismo sem compromisso com Jesus. Aquele que se une com o Senhor torna-se um só espírito com ele.
Tomar o jugo de Cristo é uma profunda experiência. A escravidão de Cristo nos liberta. O jugo de Cristo é o sinal da libertade. Quanto mais escravo de Cristo você é, mais livre você se sente.
Quando você toma o jugo de Cristo você conhece a paz com Deus e a paz de Deus.
Tomar o jugo de Cristo é tornar-se discípulo. É submeter-se a Cristo.
2. Assumir uma responsabilidade com Cristo – v. “Tomai sobre vós o meu jugo”.
O jugo fala também do serviço sob o senhorio de Cristo. Assim como dois bois trabalham debaixo do mesmo jugo, o Senhor Jesus deseja que estejamos ligados a ele no serviço do Reino de Deus. Veja Marcos 16:20.
Neste apelo evangelístico de Jesus há não somente um convite dirigido ao coração e uma obrigação dirigida à vontade, mas também uma educação dirigida à mente.
III. O DESAFIO DE JESUS AO APRENDIZADO – V. 29-30
Vir a Jesus e tomar sobre nós o jugo é algo que acontece quando cremos. Mas o aprendizado é um processo. Quanto mais nós aprendemos de Cristo, mais nós desfrutamos da sua paz.
1. Nós devemos aprender de Cristo – v. 29
Este não é um aprendizado meramente acadêmico, mas um aprendizado de uma experiência pessoal com Cristo e seu amor. Devemos buscar a intimidade com Jesus, como João buscou. Devemos auscultar o pulsar do coração de Jesus.
Devemos aprender sobre a mansidão de Cristo. Mansidão não é fraqueza, mas poder sob controle.
Devemos aprender sobre a humildade de Cristo. A palavra “humilde” significa baixo como o chão. Isto significa curvar-se até chegar aos pés de alguém. Ser humildade é fazer como Maria que se assentava aos pés de Jesus.
2. Nós devemos descansar em Cristo – v. 29
Quanto mais nós aprendemos de Cristo, mais nós descansamos nele. Quanto mais nós temos intimidade com Cristo, mais nós encontramos descanso para as nossas almas.
Paulo diz isso de outra forma: “Agora já não sou eu mais quem vive, mas Cristo é quem vive em mim”.
Devemos lançar não apenas a nossa ansiedade sobre ele, mas toda a nossa vida, a nossa alma. Cristo é o nosso descanso. Ele é a nossa paz. Ele é a nossa cidade refúgio.
A palavra fé é colocar toda a sua alma, seu peso, seu fardo, sua vida sobre Cristo. Ilustração: Quando John Paton, o missionário que viveu nas Novas Hébridas, estava traduzindo a Bíblia para a língua nativa ele estava tentando encontrar uma palavra própria para descrever fé. Um dia, depois de um tempo de trabalho árduo, chegou em sua casa cansado e jogou todo o seu peso sobre a cadeira. Instantaneamente ele gritou: Achei a palavra para descrever fé.
CONCLUSÃO
Conversão.
Serviço.
Discipulado
Fonte: http://ipbvit.org.brhttp://ipbvit.org.br159515951593
Arrependimento
"Se vos não arrependerdes, todos de igual modo perecereis," (Lc 13-3)
Por George Whitefield
Postado em 12/01/2019
QUANDO consideramos quão abomináveis e agravantes são as nossas ofensas à vista de um Deus santo e justo, atraindo a sua ira sobre nossa cabeça e nos fazendo viver sob sua indignação, devíamos nos dissuadir do mal, ou pelo menos buscarmos o arrependimento e não cometer mais as mesmas coisas! Porém, o homem é tão imprudente quanto à eternidade e tem tão pouca consideração ao bem-estar de sua alma imortal, que ele pode pecar sem pensar que tem de prestar contas de suas ações no Dia do Julgamento. Se ele, por vezes, reflete sobre seu comportamento, isso não o dirige ao verdadeiro arrependimento. Ele pode, por pouco tempo, abster-se de cair em alguns pecados grosseiros que ultimamente vinha cometendo; mas quando a tentação vem de novo com poder, ele é levado pela concupiscência; e assim vai prometendo e resolvendo, e quebrando suas resoluções e promessas quase no momento seguinte em que as faz. Isto é altamente ofensivo a Deus; é escarnecer dEle. Meus irmãos, quando a graça nos é dada para que verdadeiramente nos arrependamos, nós nos voltamos completamente a Deus; e rogo-lhes que se arrependam dos seus pecados, pois o tempo se apressa em que vocês não terão tempo, nem chamada ao arrependimento; não há nada na sepultura para onde vamos. Mas não tenham medo, pois é freqüente Deus receber o maior pecador à misericórdia pelos méritos de Cristo Jesus. Isto aumenta as riquezas da sua graça generosa; e deveria ser um incentivo a vocês, que são grandes e notórios pecadores, para que se arrependam, pois Ele terá misericórdia de vocês, se vocês se voltarem a Ele por Cristo.
O apóstolo Paulo foi eminente exemplo disso. Ele fala de si mesmo como o principal dos pecadores, e declara como Deus lhe mostrou misericórdia. Cristo ama mostrar misericórdia aos pecadores, e se vocês se arrependerem, Ele terá misericórdia de vocês. Mas como nenhuma palavra é tão sujeita a enganos quanto o arrependimento, eu:
I Mostrarei a vocês qual é a natureza do arrependimento.
II Considerarei as várias partes e causas do arrependimento.
III Darei a vocês algumas razões por que o arrependimento é necessário para a salvação. E
IV Exortarei vocês, grandes e pequenos, ricos e pobres, uns aos outros, a buscarem o arrependimento.
- O arrependimento, meus irmãos, em primeiro lugar quanto à natureza, é a disposição carnal e corrupta dos homens que é mudada numa disposição renovada e santificada. O homem que de fato se arrependeu é verdadeiramente regenerado; é uma palavra diferente para a mesma coisa. A mistura heterogênea de animal e Diabo acabou; há uma nova criatura forjada em seu coração. Se o arrependimento é verdadeiro, vocês são inteiramente renovados, na alma e no corpo; o entendimento é iluminado com o conhecimento de Deus e do Senhor Jesus Cristo; e a vontade, que erateimosa, obstinadae odiava todo o bem, é obediente e submissa à vontade de Deus. Quando vocês se voltam ao Senhor pelo arrependimento evangélico, então a vontade é mudada; a consciência, agora endurecida e entorpecida, é avivada e despertada; o coração duro é derretido e seus afetos incontroláveis são crucificados. Assim, por esse arrependimento, a alma é completamente mudada; vocês terão novas inclinações, novos desejos e novos hábitos.
Vocês verão o quanto somos vis por natureza — o que exige tão grande mudança a ser feita em nós, para que nos recuperemos desse estado de pecado —, e, por conseguinte, a consideração de nosso estado terrível deveria nos fazer zelosos com Deus para mudarmos nossa condição, e que a mudança implica no verdadeiro arrependimento. Meus irmãos, tenham em conta o quanto os seus caminhos são odiosos a Deus, enquanto vocês permanecem no pecado; quão abomináveis vocês lhe são, enquanto prosseguem no mal. Não se pode dizer que vocês sejam cristãos enquanto odeiam Cristo e seu povo; o genuíno arrependimento os mudará completamente, a inclinação da sua alma mudará; vocês se deleitarão em Deus, em Cristo, na sua Lei e no seu povo. Vocês acreditarão que há tal coisa como sentimento interior, ainda que agora o considerem loucura e fanatismo, vocês não terão vergonha de serem tolos pela causa de Cristo; vocês não considerarão que estão sendo ridicularizados; o fato de serem apontados e recebidos com altos brados de: "Vem vindo outro rebanho de seus seguidores!", não os intimidará. Não, sua alma abominará tais procedimentos. O caminho de Cristo e seu povo serão sua delícia plena
É a natureza de tal arrependimento fazer uma mudança, e a maior mudança que pode ser feita na alma. Assim, vocês percebem o que implica o arrependimento em sua natureza; denota uma aversão a todo o mal e um abandono dele. Agora prosseguirei,
- Mostrando-lhes as partes do arrependimento e as causas que concorrem a ele.
As partes são: a tristeza, o ódio e um abandono completo do pecado.
Nossa tristeza e pesar pelo pecado não surgem meramente de um medo da ira, pois se não temos outra base senão que procedem do amor-próprio e não de um amor a Deus; e se o amor a Deus não é o motivo principal do arrependimento, o seu arrependimento foi em vão e não deve ser reputado verdadeiro.
Muitos em nossos dias pensam que o clamor: "Deus, perdoe-me!", ou: Senhor, tem misericórdia de mim!", ou: "Arrependo-me!", é arrependimento, e que Deus estimará isto como tal; mas, na verdade, são clamores enganosos. Não é nossa aproximação a Deus com os lábios, enquanto nosso coração está longe dEle, que Ele considera. O arrependimento não vem aos empurrões; não, é um ato contínuo em nossa vida: pois assim como diariamente pecamos, assim precisamos de um arrependimento diário diante de Deus para obter perdão pelos pecados que cometemos
Não é confessar-se pecadores, não é saber que sua condição é triste e deplorável, ao mesmo tempo em que continuam nos pecados; seu cuidado e esforços devem ser obter um coração completamente afetado com isso para que vocês se sintam criaturas perdidas, pois Cristo veio para salvar os que estão perdidos. Se vocês gemem sob o peso e fardo dos pecados, então Cristo os aliviará e lhes dará descanso.
Até que sintam a miséria e condição perdida em que se encontram, vocês são servos do pecado e suas concupiscências, sob a escravidão e comando de Satanás, fazendo sua obra vil; vocês estão sob a maldição de Deus e sujeitos ao seu julgamento. Considerem que estado terrível será na morte, e depois do Dia do Julgamento, quando vocês serão expostos a misérias tais que o ouvido não ouviu, o coração não concebeu, e isso por toda a eternidade, se vocês morrerem impenitentes.
Mas espero melhores coisas de vocês, meus irmãos, coisas que acompanham a salvação, embora eu fale assim. Vão a Deus em oração e sejam sinceros com Ele, que pelo seu Espírito Ele os convencerá de sua condição miserável por natureza e os fará verdadeiramente sensatos. Humilhem-se, humilhem-se, rogo-lhes, por seus pecados! Tendo passado tantos anos pecando, o que vocês podem fazer menos do que preocupar-se em passar algumas horas lamentando e entristecendo-se pelo mesmo e serem humilhados diante de Deus?
Olhem para trás em sua vida, chamem à memória os pecados cometidos, tantos quantos possam; os pecados da mocidade como também os dos anos mais recentes. Vejam como vocês se afastaram do Pai gracioso e perambularam pelo caminho da maldade, no qual se perderam, como também ao favor de Deus, o consolo do seu Espírito e a paz de consciência. Então vão e implorem o perdão do Senhor, pelo sangue do Cordeiro, pelo mal que cometeram e pelo bem do qual se omitiram. Considerem igualmente a hediondez dos seus pecados; vejam com que circunstâncias tão agravantes os seus pecados são tratados, o quanto vocês abusaram da paciência de Deus, que deveria tê-los levado ao arrependimento; e quando descobrirem que seu coração está endurecido, implorem a Deus que o amoleça. Chorem vigorosamente diante dEle e Ele tirará o coração de pedra e lhes dará um coração de carne
Tomem hoje a decisão de deixar todas as suas concupiscências e prazeres pecaminosos; renunciem, abandonem e abominem seu antigo curso de vida pecadora, e sirvam a Deus em santidade e justiça pelo resto de suas vidas. Se você chora e lamenta os pecados passados e não os abandona, seu arrependimento é em vão; você está escarnecendo de Deus e enganando a própria alma. Você tem de despir-se do velho homem, com suas ações, antes de vestir o novo homem, Cristo Jesus.
Vocês que eram xingadores e blasfemos; vocês que eram prostitutas e bêbedos; vocês que eram assaltantes e ladrões; vocês que até hoje seguem os prazeres pecaminosos e as diversões da vida, rogo-lhes, pelas misericórdias de Deus em Cristo Jesus, que não mais continuem assim, mas abandonem os caminhos maus e se voltem ao Senhor. Pois Ele espera para ser gracioso para com vocês, Ele está pronto, Ele está disposto a perdoá-los de todos os pecados; mas não esperem que Cristo os perdoe do pecado, quando vocês incorrem nele e não se refreiam em obedecer as tentações. Mas se vocês forem persuadidos a se privar do mal e escolher o bem, a se voltar ao Senhor e se arrepender da maldade, Ele prometeu que os perdoará abundantemente, Ele curará sua apostasia e os amará com toda liberalidade. Decidam agora neste dia não se interessar mais em seus pecados para sempre; abandonem seus antigos caminhos e vocês serão separados; vocês têm de decidir-se contra o pecado, pois não há verdadeiro arrependimento sem a resolução de abandoná-lo. Decidam por Cristo, decidam contra o Diabo e suas obras, e prossigam lutando as batalhas do Senhor contra o Diabo e seus emissários: ataquem-no nas fortalezas mais fortes que ele tem, lutem contra ele como homens, como cristãos, e logo vocês descobrirão que ele é covarde; resistam a ele, e ele fugirá de vocês. Estejam determinados, pela graça, neste propósito, e já terão dado o primeiro passo em direção ao arrependimento; contudo, tomem cuidado para que suas resoluções não se baseiem em suas próprias forças, mas na força do Senhor Jesus Cristo. Ele é o caminho, Ele é a verdade e Ele é a vida; sem a sua ajuda vocês nada podem fazer, mas pela sua graça que lhes fortalece, vocês serão capazes de fazer todas as coisas. Quanto mais vocês tiverem consciência de sua própria fraqueza e incapacidade, mais pronto Cristo estará para os ajudar; e o que lhes podem fazer todos os homens do mundo, quando Cristo é por vocês? Não há que considerar o que eles dizem contra vocês, pois vocês terão o testemunho de uma boa consciência.
Decidam lançar-se aos pés de Cristo em sujeição a Ele, e em seus braços para alcançar a salvação. Considerem, meus queridos irmãos, os seus muitos convites para ir a Ele, e por Ele ser salvo. Deus "fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos" (Is 53.6). Deixem-me convencê-los a que, acima de tudo, escolham o Senhor Jesus Cristo, resignem-se a Ele, tomem-no em seus termos; e quem quer que seja, por maior pecador que seja, hoje à noite, em nome do grande Deus, eu lhe ofereço Jesus Cristo. Como vocês valorizam a vida e a alma, não o recusem, mas movam-se para aceitar o Senhor Jesus. Recebam-no inteiramente, sem reservas, pois Ele deseja atuar plenamente em suas vidas, ou, caso contrário, de modo algum. Jesus Cristo deve ser sua plena sabedoria, Jesus Cristo deve ser sua inteira justiça, Jesus Cristo tem deve ser sua inteira santificação, ou Ele nunca será sua redenção eterna.
Mesmo aqueles que tenham sido tão maus e devassos, se abandonarem agora seus pecados e se voltarem ao Senhor Jesus Cristo. Ele os receberá e todos os seus pecados serão largamente perdoados. Por que vocês negligenciariam a grande obra de seu arrependimento? Não adiem essa ação um dia mais, porém hoje, agora mesmo, aceitem a Cristo, que lhes é oferecido livremente
Quanto às causas a esse respeito, a causa primeira é Deus; Ele é o Autor, nós nascemos de Deus (Jo 1.13), Ele nos gerou, o próprio Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. É Ele quem nos encoraja a buscar e a fazer a sua boa vontade. Outra causa é a graça livre de Deus, E pelas "riquezas da sua graça livre", meus irmãos, é que há muito tempo fomos impedidos de descer ao inferno; tão-somente porque as compaixões do Senhor não falham; elas são novas a cada manhã e frescas a cada noite.
Às vezes, os instrumentos são muito improváveis; um pobre e menosprezado ministro ou membro de Jesus Cristo pode, pelo poder de Deus, ser o instrumento nas suas mãos para levar você ao verdadeiro arrependimento evangélico. Talvez isso seja feito para mostrar que o poder não está nos homens, mas que é inteiramente devido à boa vontade de Deus. Se há manifesto algum bem entre qualquer um de vocês pela pregação da Palavra, como acredito que haja, embora tenha sido pregado num campo, se Deus nos encontrou e nos possuiu, e abençoou sua Palavra, embora pregado por um eloqüente entusiasta, um menino, um louco; eu me regozijo, sim, e me regozijarei, que os inimigos digam o que quiserem. Agora,
III. Mostrarei as razões por que o arrependimento é necessário à salvação.
E isto, meus irmãos, nos é revelado claramente na Palavra de Deus: A alma que não se arrepender e se voltar ao Senhor, morrerá em seus pecados, e o seu sangue será requerido de suas próprias mãos. É necessário, quando pecamos, que nos arrependamos; pois um Deus santo não admiti e jamais admitirá na sua presença algo que seja profano. Este é o começo da graça na alma; tem de haver uma mudança no coração e na vida antes que haja uma habitação com o Deus santo. Vocês não podem amar o pecado e Deus ao mesmo tempo, vocês não podem amar a Deus e a Mamom. Ninguém imundo pode estar na presença de Deus; é contrário à santidade da sua natureza. Há uma contrariedade entre a natureza santa de Deus e a natureza impura dos homens carnais e não-regenerados
Que comunicação pode haver entre um Deus sem pecado e criaturas cheias de pecado, entre um Deus puro e criaturas impuras? Se vocês fossem admitidos ao céu com seu atual estado, em sua condição impenitente, o próprio céu seria um inferno para vocês; os cânticos dos anjos soariam como fanatismo e seriam intoleráveis a vocês. Por isso, tal estado tem de ser mudado; vocês devem ser santos como Deus, é Ele tem de ser seu Deus aqui, e vocês têm de ser seu povo, ou vocês nunca habitarão junto com Ele por toda a eternidade. Se vocês odeiam os caminhos de Deus e não podem passar uma hora a seu serviço, como acham que será em toda a eternidade, cantando para sempre louvores àquEle que se assenta no trono e ao Cordeiro?
Esta deve ser a ocupação, meus irmãos, de todos os que são admitidos nesse lugar glorioso, onde nem o pecado nem o pecador são admitidos, onde o escarnecedor jamais pode ir sem se arrepender dos seus maus caminhos, sem voltar-se para Deus e a Ele se apegar. Isto deve ser feito antes que alguém seja admitido nas mansões gloriosas de Deus — que estão preparadas para todos os que amam o Senhor Jesus Cristo em sinceridade e verdade —, para que se arrependam de todos os seus pecados. Meus queridos irmãos, sinto um frio na espinha ao pensar que qualquer um de vocês não venha a ser admitido nas mansões gloriosas no céu. Se estivesse em meu poder, eu colocaria todos Vocês — sim vocês, meus irmãos escarnecedores, e os maiores inimigos que eu tenho na terra — à mão direita de Jesus; mas não posso fazê-lo. Contudo, aconselho-os e exorto-os com todo o amor e ternura a fazer de Jesus o seu refúgio. Somente em sua presença há o alívio que procuram. Jesus morreu para salvar pessoas como vocês; Ele está cheio de compaixão, e se vocês forem a Ele, como pecadores pobres, perdidos e destruídos, Jesus lhes dará o seu Espírito. Vocês viverão e reinarão com este Jesus por toda a eternidade.
- Tenho de exortar todos vocês, grandes e pequenos, ricos e pobres, uns aos outros, a se arrependerem de todos os pecados e se voltarem ao Senhor
Falarei a cada um de vocês; quer tenham se arrependido, quer não; sendo vocês crentes em Cristo Jesus ou incrédulos.
Primeiramente, vocês que nunca se arrependeram verdadeiramente de seus pecados e nunca abandonaram verdadeiramente suas concupiscências; não se ofendam se lhes falo claramente; porque é o amor, o amor por suas almas que me constrange a falar. Colocarei diante de vocês o perigo e a miséria, aos quais vocês estão expostos enquanto permanecem impenitentes no pecado. E que este seja talvez o meio de fazê-los buscarem a Cristo por perdão e absolvição.
Enquanto não estão arrependidos dos seus pecados, vocês estão em perigo de morte; e se morrerem, vocês perecerão para sempre. Não há esperança para todo aquele que vive e morre em seus pecados, pois habitará com os demônios e espíritos malditos por toda a eternidade. E como sabemos que vamos viver mais? Não estamos seguros de ver nossas casas em segurança esta noite. O que vocês querem dizer por estar à vontade e vivendo com prazer enquanto os pecados não são perdoados? Tão certo quanto a Palavra de Deus sempre é verdadeira, se vocês morrerem nessa condição, para sempre estarão excluídos de toda esperança e misericórdia, e se converterão em miséria infundada e infinita.
Quanto valem todos os seus prazeres e diversões? Eles duram apenas por um momento; não valem nada e são de curta permanência. E com certeza deve ser rematada loucura buscar avidamente essas concupiscências e prazeres pecaminosos que fazem guerra contra a alma, que tendem a endurecer o coração e nos impedem de aceitar o Senhor Jesus. De fato, esses são os destruidores de nossa paz aqui; e, sem arrependimento, destruirão nossa paz futura.
Ó, a insensatez e loucura deste mundo sensual; se não houvesse nada no pecado, senão a atual escravidão, ele manteria longe o espírito engenhoso. Mas para fazer o trabalho servil do Diabo! Se fizermos isso, teremos seu salário, que é a morte e condenação eternas. Considerem isto, meus culpados irmãos, vocês que pensam que não é pecado jurar, prostituir-se, beber ou zombar e desdenhar do povo de Deus. Considerem o quanto suas vozes mudarão, e vocês, que reputavam por loucura a vida deles e sem honra o seu fim, uivarão e lamentarão a própria insensatez e loucura que deveriam tê-los levado a tamanha aflição e angústia! Então vocês lamentarão e chorarão a própria condição terrível, mas não terá significado, porque aquEle que hoje é seu Salvador misericordioso, se tornará seu Juiz inexorável.
Hoje Ele se deixa ser rogado; mas depois, todas as lágrimas e orações serão em vão, pois atribuiu a todo homem um dia de graça, um tempo de arrependimento, o qual, se ele não aproveitar, negligenciando e menosprezando o meio que lhe é oferecido, não pode ser salvo.
Enquanto vocês prosseguem num curso de pecado e injustiça, rogo-lhes, meus irmãos, que pensem na conseqüência que acompanhará o desperdício do seu tempo precioso. Sua alma vale sua preocupação, pois se vocês podem desfrutar todos os prazeres e diversões da vida, na morte vocês têm de abandonar tudo; a morte porá um fim a todos os interesses mundanos. E não será lamentável ver o fim de todas as suas coisas boas aqui, todos os prazeres terrestres, sensuais e diabólicos com os quais vocês se envolveram tanto; e corroerá a sua própria alma o pensamento de que por tão insignificante interesse vocês perderam o bem-estar eterno
A riqueza e a grandeza não estarão em nenhum lugar; vocês não podem levar nada daqui para o outro mundo. Então, a consideração da sua falta de clemência para com os pobres, e os caminhos que vocês tomaram para obter riqueza, serão um verdadeiro inferno para vocês.
Hoje vocês dispõem dos meios da graça, como a pregação da sua Palavra, a oração e os sacramentos; e Deus enviou seus ministros aos campos e estradas para convidar, para insistir que vocês entrem. Porém eles são pesados para vocês, que preferiram antes os seus prazeres. Não demorará muito, meus irmãos, e os prazeres acabarão, e vocês não se preocuparão mais com eles; mas então vocês quererão dar dez mil mundos por um momento daquele tempo misericordioso de graça da qual vocês abusaram. Então chorarão por uma gota daquele sangue precioso que agora vocês pisam com os pés; então vocês desejarão por mais uma oferta de misericórdia, para que Cristo e sua graça generosa lhes sejam novamente oferecidos. Mas o choro será em vão, pois como vocês não se arrependeram aqui. Deus não lhes dará uma oportunidade para se arrependerem no futuro. Se não for no tempo de Cristo, não será no seu tempo, irmãos. Em que condição terrível vocês estarão então! Que horror e surpresa lhes possuirão a alma! Então todas as suas mentiras e juramentos, seus escárnios e zombarias do povo de Deus; todos os seus pensamentos e ações imundas e sujas; o seu tempo esbanjado em bailes, jogos e saraus; as noites inteiras que vocês gastaram jogando cartas, perdidos em bailes de máscaras; sua freqüência em tabernas e cervejarias; seu mundanismo, cobiça e inclemência lhes serão imediatamente trazidos à lembrança, e sem demora atribuídos em sua alma culpada. Como vocês suportarão o pensamento de tais coisas? Estou, deveras, movido de compaixão por vocês, em pensar que esta pode ser a porção de todo aquele que agora me ouve. Estas são verdades, embora terríveis, meus irmãos; estas são as verdades do Evangelho; e se não houvesse necessidade de falar assim, eu me reprimiria de boa vontade, porque não é assunto agradável para mim, mais do que é para vocês; mas é meu dever lhes mostrar as conseqüências terríveis de se persistir no pecado. Estou fazendo a parte de um hábil cirurgião que investiga uma ferida antes de curá-la. Eu lhes mostraria primeiro o perigo, para que a libertação seja mais prontamente aceita por vocês.
Considerem que por mais que vocês posponham o dia mau e se esforcem em esconder os pecados, no Dia do Julgamento haverá uma completa revelação de tudo. Naquele dia, as coisas escondidas serão trazidas à luz; e depois que todos os seus pecados forem revelados para o mundo inteiro, então vocês serão lançados no fogo eterno do inferno, que não se apaga nem de dia nem de noite; será sem inter-missão, sem fim. Então, que estupidez e disparate possuem seu coração, que vocês não ficam aterrorizados pelos seus pecados. O medo da fornalha ardente de Nabucodonosor levou os homens a fazerem algo para evitá-la; e o fogo eterno não levará os homens, não levará vocês a fazerem algo para evitá-lo?
Que isto desperte e faça com que vocês se humilhem por seus pecados e implorem perdão por eles, para que vocês achem misericórdia no Senhor. Não vão embora, não deixem que o Diabo os apresse para sair antes que o sermão termine: mas fiquem e Jesus lhes será oferecido, pois Ele expiou todos os pecados.
Rogo-lhes que lancem fora suas transgressões, esforcem-se contra o pecado, vigiem contra ele e implorem o poder e a força de Cristo para sujeitar o poder das concupiscências que os incitam aos caminhos pecaminosos. Mas se vocês não fizerem nenhuma dessas coisas, se vocês estiverem decididos a pecar, a morte eterna será a conseqüência; vocês serão presos com horror e tremor, com horror e assombro, para ouvir a terrível sentença de condenação pronunciada contra vocês.
Então vocês fugirão e chamarão as montanhas para que caiam sobre vocês, para os esconderem do Senhor e da raiva ardente de sua ira.
Tivessem vocês um coração para se voltar dos pecados ao Deus vivo, pelo arrependimento verdadeiro e sincero, e orar a Ele em busca de misericórdia, através dos méritos de Jesus Cristo, haveria então esperança. Mas no Dia do Julgamento, suas orações e lágrimas não terão significado algum; não lhes serão de nenhuma serventia; o Juiz não receberá suas súplicas; visto que vocês não lhe deram atenção quando Ele os chamou, mas menosprezaram a Ele e seus ministros, e não deixaram suas iniqüidades. Portanto, naquele dia, não ouvirá seus rogos, apesar de todos os gritos e lágrimas; pois o próprio Deus disse: "Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a minha mão, e não houve quem desse atenção; antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão; também eu me rirei na vossa perdição e zombarei, vindo o vosso temor (...) como tormenta, sobrevindo-vos aperto e angústia. Então, a mim clamarão, mas eu não responderei; de madrugada me buscarão, mas não me acharão" (Pv 1.24-28).
Vocês podem achar que isto é fanatismo e loucura; mas naquele grande dia, se vocês não se arrependerem dos seus pecados aqui, vocês descobrirão por terrível experiência que os seus caminhos eram realmente loucura. Mas que Deus não permita que vocês cheguem a esse tempo sem se arrepender; busquem o Senhor enquanto Ele pode ser achado; clamem por Ele enquanto está perto e vocês acharão misericórdia; arrependam-se neste momento e Cristo alegremente os receberá.
O que vocês me dizem? Devo ir ao meu Mestre e lhe dizer que vocês não irão a Ele e não seguirão nenhum dos seus conselhos? Não; não me enviem em tal incumbência infeliz. Não posso, não direi tal coisa a Ele. Antes não lhe direi que vocês estão dispostos a arrepender-se e converter-se, a tornar-se novos homens e assumir um novo curso de vida? Esta é a única resolução sábia que vocês podem tomar. Permitam que eu diga a meu Mestre que vocês irão a Ele e esperarão nEle pois se não o fizerem, será a sua ruína neste tempo e na eternidade.
Na morte, vocês desejarão ter vivido a vida dos justos para que tivessem morrido a morte deles. Fiquem avisados; considerem o que está diante de vocês: Cristo e o mundo, a santidade e o pecado, a vida e a morte. Escolham agora por vocês mesmos; façam sua escolha imediatamente e que esta seja a escolha de morrer.
Se vocês não desejam morrer em seus pecados, morrer bêbedos, morrer adúlteros, morrer xingadores e zombadores, não deixem passar esta noite na terrível condição em que estão. Pode ser que alguns de vocês digam: "Você não tem poder, você não tem força". Mas não lhes faltavam estas coisas que estavam em seu poder? Vocês não têm tanto poder para ir ouvir um sermão, quanto a ir a uma casa de jogos, ou a um baile, ou a um baile de máscaras? Vocês têm tanto poder para ler a Bíblia quanto para ler peças, novelas e romances; e vocês podem se associar tanto quanto com os piedosos, como com os maus e profanos; esta é senão uma desculpa infundada, meus irmãos, para continuar em seus pecados. Se vocês desejam ser achados no meio da graça, Cristo prometeu que lhes dará força. Enquanto Pedro estava pregando, o Espírito Santo veio sobre todos os que ouviam a Palavra, assim vocês serão achados no caminho do seu dever! Jesus Cristo lhes dará força; Ele lhes dará o seu Espírito; vocês descobrirão que Ele será a sua sabedoria, sua justiça, sua santificação e sua redenção. Experimentem que gracioso, gentil e amoroso Mestre Ele é. Ele lhes será de ajuda em todas as suas cargas; e se o fardo do pecado está em sua alma, busquem-no na qualidade de cansados e sobrecarregados, e acharão descanso
Não digam que seus pecados são muitos e muito grandes para esperar encontrar misericórdia. Não, sejam eles tantos ou tão grandes, o sangue do Senhor Jesus Cristo os limpará de todos os pecados. A graça de Deus, meus irmãos, é generosa, rica e soberana. Manasses foi um grande pecador, e mesmo assim foi perdoado; Zaqueu tinha estado longe de Deus e saiu para ver Cristo, sem outro intento que satisfazer a curiosidade; e, não obstante, Jesus o encontrou e levou salvação à sua casa. Manassés era idolatra e assassino, contudo recebeu misericórdia; o outro era opressor e extorsionário que tinha adquirido riquezas mediante fraude e engano, oprimindo a face dos pobres; assim também fez Mateus e, todavia, todos eles encontraram misericórdia.
Vocês foram blasfemadores e perseguidores dos santos e servos de Deus? Assim foi o apóstolo Paulo, contudo ele recebeu misericórdia. Vocês são prostitutas, pessoas imundas e sujas? Assim foi Maria Madalena, e contudo ela recebeu misericórdia. Vocês são ladrões? O ladrão na cruz achou misericórdia. Não se desesperem, por mais vis e devassos que vocês sejam; eu afirmo: nenhum de vocês está sem esperança, especialmente quando Deus teve misericórdia de um miserável como eu.
Lembrem-se do pobre publicano, de como ele achou favor em Deus, ao passo que o fariseu orgulhoso e presunçoso, inchado com sua própria justiça, foi rejeitado. E se vocês forem a Jesus como o pobre publicano fez, com um sentimento da indignidade própria, vocês acharão favor como ele achou; hã bastante virtude no sangue de Jesus para perdoar os maiores pecadores. Então não fiquem desanimados, mas busquem a Jesus, e vocês o acharão pronto a ajudar em toda a sua aflição, para conduzi-los em toda a verdade, para trazê-los da escuridão para a luz e do poder de Satanás a Deus.
Não deixem que o Diabo os engane, dizendo-lhes que todas as delícias e prazeres acabarão. Não; isto está bem longe de privá-los de todo o prazer, que é uma entrada a delícias indizíveis, peculiares a todos os que verdadeiramente são regenerados. O novo nascimento é o próprio começo de uma vida de paz e consolo; e o maior deleite será encontrado nos caminhos da santidade. Salomão, que tinha experimentado todos os outros prazeres, disse acerca dos caminhos da santidade: "Os seus caminhos são caminhos de delícias, e todas as suas veredas, paz" (Pv 3.17). Então com certeza vocês não deixarão que o Diabo os engane; é tudo o que ele quer, é o que ele almeja: fazer a religião parecer melancólica, miserável e fanática. Deixem-no dizer o que quiser; não lhe dêem ouvidos, não o considerem, porque ele sempre foi e sempre será mentiroso.
Que súplicas usarei para fazê-los irem ao Senhor Jesus Cristo? O pouco amor que tenho experimentado desde que fui levado do pecado para Deus e tão grande, que eu não estaria em estado natural por dez mil mundos, e o que senti é apenas um pouco do que espero sentir. Esse pouco amor que senti é uma bóia suficiente contra todas as tempestades e tormentas deste mundo turbulento; podem os homens e demônios fazer o seu pior, eu me regozijo no Senhor Jesus, sim, e me regozijarei.
E se vocês se arrependerem e forem a Jesus, eu me regozijaria por sua causa também; e nós nos regozijaríamos juntos por toda a eternidade, quando tivéssemos passado para o outro lado do sepulcro. Venham a Jesus. Os braços de Jesus Cristo estão abertos para recebê-los; Ele lavará todos os seus pecados no seu sangue e os amará livremente.
Venham, eu rogo-lhes que venham a Jesus Cristo. Que minhas palavras penetrem a sua alma! Que Jesus Cristo seja formado em vocês! Que vocês se voltem ao Senhor Jesus Cristo, para que Ele tenha misericórdia de vocês!
Eu continuaria falando ate a meia-noite — sim, eu falaria até que não pudesse mais, para que servisse de meio de levá-los a Jesus. Deixem o Senhor Jesus entrar em suas vidas, e vocês encontrarão a paz que o mundo não pode dar nem tirar. Há misericórdia para o maior pecador entre vocês; busquem o Senhor como pecadores, impotentes e perdidos, e então vocês encontrarão consolo para sua alma, e serão afinal admitidos entre os que cantam louvores ao Senhor por toda a eternidade.
Agora, meus irmãos, gostaria de dar uma palavra de exortação aos que entre vocês já foram levados ao Senhor Jesus, que já nasceram de novo, que já pertencem a Deus, a quem foi dado se arrepender de seus pecados e estão limpos da culpa: Sejam gratos a Deus por suas misericórdias. Admirem a graça de Deus e bendigam o seu nome para sempre! Vocês foram vivificados em Cristo Jesus? A vida de Deus começou em sua alma e vocês têm prova disso? Sejam gratos por esta misericórdia indizível; nunca se esqueçam de falar da misericórdia de Deus. E assim como outrora sua vida fora dedicada ao pecado e prazeres do mundo, que agora seja gasta completamente nos caminhos de Deus; e abracem cada oportunidade de fazer e receber o bem. Qualquer oportunidade que tiverem, façam vigorosa e prontamente, não adiem. Ao ver alguém apressando-se para a destruição, usem o máximo dos seus esforços para detê-lo em seu curso. Mostrem-lhe a necessidade de arrependimento, e que sem isso ele está perdido para sempre; não façam conta se ele os menosprezar; continuem mostrando-lhe o perigo em que ele está. Se seus amigos zombam de vocês e os menosprezam, não deixem que o desanimem. Persistam, mantenham-se firmes até o fim, e assim vocês terão a coroa que é imutável e não desvanece.
Deixem que o amor de Jesus por vocês os conservem humildes; não sejam orgulhosos, mantenham-se junto do Senhor, observem as regras que o Senhor Jesus Cristo deu em sua Palavra e não permitam que suas instruções se percam, as quais vocês são capazes de dar. Considerem que razão vocês têm para serem gratos ao Senhor Jesus Cristo por lhes dar o arrependimento do qual vocês necessitavam; um arrependimento que opera pelo amor. Hoje vocês encontram mais prazer andando com Deus uma hora, do que em todas as delícias carnais anteriores e todos os prazeres do pecado. A alegria que vocês sentem na alma — alegria que todos os homens deste mundo e todos os demônios do inferno, ainda que se unam, não podem destruir. Então não temam a ira ou malícia deles, pois por muitas tribulações temos de entrar na glória.
Mais alguns dias, semanas ou anos e vocês estarão além do alcance deles. Vocês estarão na Jerusalém celestial; ali tudo é harmonia e amor, tudo e alegria e regozijo; o cansado encontra repouso. Hoje temos muitos inimigos, mas na morte eles todos estão perdidos; eles não nos podem seguir além do sepulcro; e este é um grande incentivo para nós não considerarmos o escárnio e zombaria dos homens deste mundo.
Que o amor de Jesus esteja continuamente em seus pensamentos. Foi sua morte que lhes trouxe vida; foi sua calcificação que expiou seus pecados; sua morte, sepultamento e ressurreição completaram a obra; e agora Ele está no céu e intercede por vocês à mão direita do Pai. E podem vocês fazer muito pelo Senhor Jesus Cristo, que fez tanto por vocês? Seu amor por vocês é insondável. Ó, a altura, a profundidade, o comprimento e a largura deste amor, que trouxe o Rei da glória do seu trono para morrer por nós, quando tínhamos agido tão cruelmente contra Ele e merecíamos nada mais que a condenação eterna. Ele desceu e tomou em si nossa natureza; Ele se fez carne e habitou entre nós; Ele morreu por nós; Ele pagou nosso resgate. Com certeza isto deveria nos fazer amar o Senhor Jesus Cristo; deveria nos fazer regozijar nEIe, e não como muitos fazem e nós mesmos temos muitas vezes feito, crucificar este Jesus de novo. Vamos fazer tudo o que pudermos, meus queridos irmãos, para honrá-lo.
Venham, todos vocês, venham e vejam Ele estendendo a mão para vocês; vejam as mãos e os pés pregados na cruz. Venham, venham, meus irmãos, e preguem seus pecados ali; venham, venham e vejam o lado dEle que foi furado; há uma fonte aberta para o pecado e para a impureza; lavem, lavem e fiquem limpos; venham e vejam a cabeça dEle coroada com espinhos — e tudo por vocês. Vocês conseguem pensar num Jesus ofegante, sangrento e agonizante e não ficar cheios de piedade por Ele? Ele sofreu tudo isso por vocês. Venham a Ele pela fé; tomem posse dEle; há misericórdia para cada um de vocês que for a Ele. Então não demorem; corram para os braços deste Jesus e vocês serão limpos no seu sangue.
O que lhes direi para fazê-los irem a Jesus? Eu tenho lhes mostrado as conseqüências terríveis do não arrependimento de pecados; e se, depois de tudo o que eu disse, vocês decidirem persistir, seu sangue lhes será requerido das suas próprias mãos; mas espero coisas melhores de vocês, e coisas que acompanham a salvação. Rogo-lhes que orem fervorosamente pela graça do arrependimento. Pode ser que nunca mais eu veja o rosto de vocês novamente; mas no Dia do Julgamento eu os encontrarei lá. Vocês bendirão a Deus por terem sido movidos ao arrependimento; ou então este sermão, embora feito num campo, servirá de pronta testemunha contra vocês. Arrependam-se, arrependam-se, então, meus queridos irmãos, como João Batista e nosso próprio bendito Redentor veementemente exortaram, e voltem-se de seus caminhos maus e o Senhor terá misericórdia de vocês.
Mostra-lhes, Pai, em que eles te ofenderam; faze-os ver a própria vileza, e que eles estão perdidos sem o verdadeiro arrependimento. Concede-lhes este arrependimento; nós te pedimos que eles se voltem do pecado a ti, o Deus vivo e verdadeiro. Estas coisas e tudo o mais que tu consideres necessário para nós, pedimos que tu nos dês, por causa do que o querido Jesus Cristo fez e sofreu; a quem, contigo e o Espírito Santo, três Pessoas e um Deus, sejam atribuído, como é altamente devido, todo o poder, glória, força, majestade e domínio, agora, doravante e para sempre. Amém.
Fonte: http://www.ebdareiabranca.com